terça-feira, novembro 28, 2006

Desfile de Natal em Helsinki

Eu e Lu ainda estamos montando nossa casa. Já temos os móveis principais como cama, mesa da cozinha, máquina de lavar roupa e mesa para o computador. Na semana passada, compramos o móvel para colocar a TV, o sofá, um tapete para a sala e as luminárias da casa. O sofá e o móvel da TV só chegarão daqui a três semanas. É muito tempo para esperar, mas a atendente disse que eles não tinham no estoque e a fábrica ainda ia produzir o sofá na cor que a gente escolheu (azul). Então, não tem jeito, teremos que esperar mesmo. As luminárias e o tapete ficaram ótimos, compramos duas luminárias para a sala, uma para cozinha e dois abajur para o quarto. Percebi como luminárias fazem diferença, os ambientes se tornam mais aconchegantes. Se você tiver um dinheirinho sobrando, invista em um abajur, garanto que fará diferença em sua casa.
No sábado passado, fomos comprar a televisão, estávamos determinados a sair da loja com a TV. Quando chegamos na loja percebemos que são poucas as TVs de canhão, a maioria das TVs são LCD de tela plana, algumas com uma qualidade ótima de imagem e outras com uma qualidade muito ruim. É claro que as TVs de canhão são mais baratas, mas a gente quer investir em uma TV LCD com uma boa qualidade de imagem, não precisa ser ótima, já que não temos dinheiro para tanto.
Depois de comparar os preços e as imagens, achamos a nossa TV, só que para comprá-la a gente precisaria dividir em 2 parcelas, uma pagaria na hora e a outra só em fevereiro. Claro que não seria tão fácil assim. A atendente disse que para pagarmos dessa forma, precisaríamos ter histórico de crédito de pelo menos 3 anos! Como estamos aqui só há 1 mês, não deu pra comprar. Fizemos a conta dos nossos gastos e nos convencemos a comprar só em dezembro. Até lá vamos continuar vendo CSI no computador mesmo.
A TV vai me ajudar a não me sentir tão só aqui em casa. Quando morava sozinha em Salvador, chegava em casa e ligava a TV para me fazer companhia e tirar o silêncio da casa. Ela me distraía com imagens, notícias, seriados e filmes. Sei que os canais daqui são todos em finlandês, mas de qualquer jeito vai sair dela som e imagem, isso já basta para eu não ficar ouvindo o ponteiro do relógio e para, às vezes, dar um tempo fora do computador. Os canais em finlandês irão me ajudar quando eu estiver fazendo o curso de finlandês em Janeiro. Se der, no próximo ano, a gente assina alguns canais fechados em inglês mesmo, isso vai me forçar a estudar inglês. Eu acho que a TV também vai ser muito útil para Lu. Ele tem chegado muito cansado em casa e a TV vai ser uma forma dele descansar a cabeça quando voltar do trabalho e sair um pouco da frente do computador também. Em dezembro a gente vai saber na prática como vai ser, mas acho que vai ser bom!
No domingo fomos em um evento lá em Helsinki, na rua Aleksanterinkatu. Essa rua fica no centro de Helsinki, todo ano o prefeito faz um discurso na praça do Senado e simboliza o início do Natal apertando um botão que acende todas luzes que enfeitam essa rua e a árvore de Natal que fica na praça do Senado. Chegamos muito cedo, não tinha quase ninguém na rua e nem na praça, aproveitamos para tirar algumas fotos.


Aleksanterinkatu antes do desfile


Eu na Praça do Senado


Universidade de Helsinki


Lu na Praça do Senado


Catedral Ortodoxa

Depois encontramos o pessoal do UNICEF e fui conhecer Maiju, foi com ela que eu troquei emails. Ela nos levou para outro lugar onde estava a árvore de Natal do UNICEF. Eu pensei que era uma árvore de mentira, como aquelas que a gente compra nos supermercados, mas não era, era um pinheiro bem grande e de verdade (veja a foto abaixo).


Árvore de natal do UNICEF

Antes de chegar na árvore, eu e Maiju conversamos em inglês e quando eu esquecia as palavras, eu pedia ajuda de Lu que vinha logo atrás. Algumas coisas que ela falava eu não entendia, mas ia levando com sorriso e tudo dava certo.
Quando chegamos no local, conheci outras pessoas bastante simpáticas. Maiju me deu um colete do UNICEF e me explicou o que eu teria que fazer: colocar os enfeites na árvore de Natal do UNICEF. Bem simples, né? Para fazer isso tive que tirar a luva pois era muito difícil dar o nó nos fiozinhos dos enfeites com as luvas. Estava ventando e fazendo muito frio, minhas mãos quase congelaram, mas consegui finalizar meu trabalho.


Eu sendo voluntária do UNICEF

Enquanto isso, as outras pessoas do UNICEF distribuíam um outro enfeite com um espaço em branco. As pessoas que estavam passando perto da árvore pegavam esses enfeites em branco, doavam 2 euros por cada enfeite, escreviam uma mensagem e no final pregavam na árvore. Esse dinheiro arrecadado foi destinado a projetos sociais na África. Para minha surpresa muita gente contribuiu.
Depois de fazer todo meu árduo trabalho, entreguei meu colete para Maiju, me despedi de todos e agradeci pela paciência. Maiju me deu alguns cartões para distribuir no caminho para a praça do Senado (a árvore de Natal do UNICEF fica no início da rua Aleksanterinkatu e a praça do Senado no final ou o contrário depende de onde você chega). Foi difícil distribuir os cartões, eu dizia as pessoas "Hei! Visit the Christmas tree!", algumas pessoas paravam e me ouvia, outras simplesmente faziam não com a cabeça, mas eu insistia e dizia apontando para o cartão "It's free!", só assim para elas pegarem o cartão. Desconfio que elas tiveram essa reação pois acharam que eu estava vendendo os cartões ou talvez elas não gostam de serem abordadas dessa forma, sei lá, o que importa é que eu consegui distribuir todos os cartões. :)
Quando chegamos na praça do Senado, o coral estava terminando de cantar, o Papai Noel e o prefeito tinham acabado de chegar e estavam andando em direção ao coral. O prefeito fez o seu discurso, apertou o botão, as luzes se acenderam, não fez muita diferença, ainda estava claro, então não foi muito empactante. Se formos comparar a produção desse evento com a produção do natal do Pelô, o natal do Pelô dá 1000 a 0. Mas valeu ter ido para conhecer.


Coral de Natal em frente à Catedral de Helsinki


Árvore de Natal com luzes acesas


Eu e Lu na Aleksanterinkatu com as luzes acesas

Depois o Papai Noel fez o seu discurso, todos aplaudiram e foram andando em direção a rua e lá fomos eu e Lu sem saber o que iria acontecer ali. Todos estavam parados em pé na calçada e as crianças sentadas no parapeito da rua olhando em direção a praça do Senado. Alguma coisa iria acontecer e aconteceu! Começou um desfile de Natal, passaram uns acrobatas, o coral, o Papai Noel, um caminhão com presentes de mentira, outro caminhão com som, uns dançarinos e umas fadas. Valeu a pena! Quando o Papai Noel passou na nossa frente, o carro dele parou, Lu aproveitou e tirou uma foto dele (vejam abaixo), na mesma hora ele olhou pra gente sorriu e disse "Merry Christmas", foi emocionante!


Papai Noel

Quando terminou o desfile, eu e Lu fomos almoçar e voltamos para casa. Foi um dia muito bom!

Ontem também foi um dia muito bom para gente, nos fez muito bem mesmo! Conhecemos Sanna, ela é uma finlandesa muito alegre e sensível, é difícil encontrar uma pessoa assim por aqui. Ela conhece Salvador e ama a Bahia. Ela foi pra Salvador para trabalhar no projeto Axé e conheceu um outro Salvador que não parece nos cartões postais. Por essa experiência, ela sabe falar bem português e nós conseguimos nos entender muito bem. Ela nos convidou para jantar em um restaurante finlandês "Sea Horse", comer comida finlandesa. O lugar é bem aconchegante, vejam a foto que tiramos lá. A comida estava ótima e a conversa também. Foi uma noite maravilhosa! Vamos com certeza marcar outra coisa logo.


Eu, Lu e Sanna

quarta-feira, novembro 22, 2006

Embaixada Brasileira e Estocolmo

Na segunda-feira acordamos bem cedo, às 8h. Sei que 8h não é cedo, mas como meu referencial ainda é muito brasileiro, quando a manhã ainda está escura, eu acho que é madrugada. O dia por aqui está amanhecendo às 10h (ou seja 8h é madrugada:)) e anoitecendo às 16h. Eu já sinto os dias mais curtos, às 16h, acho que já são 18h e quando são 18h mesmo, acho que já são 20h, até eu acostumar com esse tempo louco tenho que ficar olhando sempre para o relógio para saber se já está na hora de dormir. É uma loucura!
Acordamos "cedo" para ir na embaixa brasileira, tomamos nosso café e fomos até o ponto de ônibus. Quando chegou o nosso ponto, descemos e fomos andando pegar o tram. O tram é um trem que passa nas ruas, ele parece com nossos bondinhos de antigamente, mas ele é mais moderno, é claro! Só que para nossa surpresa não tinha tram no horário que chegamos no ponto e o próximo só iria aparecer de tarde. Decidimos ir andando mesmo. No caminho pegamos uma carona com outro tram e encontramos a embaixada.


Eu e o brasão do Brasil


Lu e o brasão do Brasil


Quando chegamos na embaixada, vimos na parede o retrato de Lula. Como é bom ver um rosto conhecido! :)
Lá na embaixada, nos receberam muito bem. A secretária é uma finlandesa bem prestativa e atenciosa e falava um português bem pausado. Depois chegou uma moça (não lembro o nome dela) que nos cadastrou na embaixada, falou como devemos justificar nossos votos e nos ajudou também a dar entrada na transferência dos nossos títulos para cá. Ela é baiana também! Ficamos felizes de encontrar mais uma representante soteropolitana nessas terras geladas!
Depois da embaixada, Lu foi trabalhar e eu voltei para casa.
Nesse dia Lu tinha levado o resto do risoto para comer no trabalho. Depois que ele comeu o risoto, disse que ficou enjoado, mas mesmo assim, foi fazer seus 30min de bicicleta na Nokia. Chegou em casa enjoado, tomou café e foi tentar dormir. Ele deve ter dormido uns 30 min e só voltou para dormir depois de ir duas vezes no banheiro para vomitar. Fiquei com muito medo dele ficar doente ou ter alguma coisa mais séria. Imagine se ele passa mal? Eu não sei falar uma lasca de finlandês e quase nada de inglês, ia demorar para explicar o que aconteceu, já que teria que ser tudo na base da linguagem universal: a mímica. Não gosto nem de pensar nisso!
Na terça-feira ele acordou melhor e foi para o trabalho. Nos encontramos no final da tarde, fomos descobrir lá na estação de trem onde a gente poderia comprar as passagens para Estocolmo. Descobrimos o lugar, mas já estava fechado. Então, decidimos voltar lá no dia seguinte.
O dia seguinte é hoje. De acordo com nossos planos, fomos comprar as passagens da gente e de Salete. Deu tudo certinho, vai ser nossa primeira viagem, estamos muito ansiosos.
Passagens compradas, eu e Lu fomos almoçar e depois cada um seguiu o seu rumo, eu fui para casa e Lu para o trabalho.
Sempre volto sozinha para casa de ônibus e quando se anda muito de ônibus sozinha, você começa a reparar coisas que você não repararia se estivesse acompanhada. Percebi como as pessoas aqui são silenciosas, até quando estão conversando, elas conversam baixinho, näo é aquela gritaria dos ônibus de Salvador. Sinceramente? Eu prefiro a gritaria, não gosto do silêncio. :)
Percebi também que os ônibus são ótimos para tirar aquela soneca (nesse caso prefiro o silêncio:)). Seria tão bom se tivesse um ônibus desse na época que eu estudava lá no Campo Grande em Salvador e tinha que passar quase 1h dentro do ônibus para voltar para casa. O motor não faz barulho, as ruas não tem buracos, as janelas são fechadas para manter o ambiente bem quentinho e como em cada janela tem dois vidros não escutamos nenhum som de fora (não sei a real utilidade dos dois vidros, acho que deve ser por causa do frio e da neve). É um lugar perfeito para dormir, só dá pra sentir o balanço do ônibus! É muito tranquilo!
Eu nunca dormi no ônibus, pois o trajeto que faço, na maioria das vezes, é curto e não dá sono. Mesmo que desse sono tenho medo de perder o ponto, ser acordada por um finlandês falando várias coisas que não entendo e ficar perdida por aí. Seria quase um pesadelo, só que acordada!
Mudando de assunto, tenho uma boa notícia: recebi a resposta de uma pessoa do UNICEF a respeito de trabalhos voluntários. Ela me convidou para ajudar a montar uma árvore de natal no próximo domingo, lá em uma rua em Helsinki. Parece que no domingo acontecerá alguma coisa nessa rua. Eu e Lu já sabíamos desse evento e tínhamos nos programado para aparecer por lá, o bom é que agora temos mais esse motivo!

domingo, novembro 19, 2006

Feijoada e vatapá

Ontem no sábado, acordamos tarde como sempre e fomos ver pela janela como estava o dia. Foi o dia mais feio que já vi desde quando chegamos aqui. Estava meio nublado, meio com neblina, parecia que o dia ainda não tinha amanhecido. Tenho saudade do solzão de Salvador, mas não sinto nenhuma saudade daquele calor infernal! Gosto mais do friozinho que estamos sentindo por aqui.



Na semana passada, Rosana convidou a gente para uma festa no sábado na casa dela. Ela queria encontrar com algumas pessoas antes de viajar para o Brasil. Essa foto acima foi tirada quando estávamos indo para o supermercado comprar 2 refrigerantes para levar pra festa.
Por falar em supermercado esqueci de mencionar no outro post uma categoria de emprego que não existe por aqui: os empacotadores. Você tem que colocar no saco o que você comprou, isso pode ser visto em qualquer loja, não só em supermercados. Você deve estar pensando mas se eu fizer aquela compra de mês, não vai atrapalhar? Não, não vai. Os finlandeses não empacotam as compras, eles pegam o carrinho e colocam tudo dentro sem saco ou se estão a pé, colocam tudo dentro de bolsas grandes que eles mesmo trouxeram de casa. As pessoas que tem carro levam as compras no carrinho até o bagageiro e colocam em cestas ou caixas de plásticos. Quando chegam em casa só é preciso levar as cestas, eu acho que deve ser mais fácil do que aqueles monte de sacos. No entanto existem sacos pláticos nos supermercados, você pode escolher qual você quiser. Existem 3 tipos de sacos: saco plástico menos resistente como aqueles que colocamos frutas e legumes, saco plástico mais resistente e um saco de papel. Os dois últimos você tem que pagar para usar. Quando a gente lembra, levamos nossa própria sacola de casa e recomendo: leve sua sacola de casa! Vocês podem fazer isso aí no Brasil também. Vamos lá meu povo, o meio ambiente agradece!
Outra coisa diferente que vi nos supermercados daqui é que você mesmo pesa seus legumes e frutas. Cada fruta e legume tem um número associado, você leva a fruta ou legume na balança e procura o respectivo número em um painel com vários outros números, aperta o botão com o número e logo depois sai o adesivo com o valor para você colar no saco. Acho meio atrasado em comparação aos supermercados que frequentava em Salvador, onde tudo era pesado no caixa. Assim não precisávamos fazer todo esse trabalho chato. Tomara que eles mudem logo, acho que vou lá mostrar essa mega solução soteropolitana, acho que vou ficar muito rica e quando isso acontecer vou no Brasil visitar todo mundo! :)
E ainda tem mais, para pegar o carrinho você vai naquelas fileiras de carrinhos, coloca 1€ ou 0,50€ (esse valor depende da loja e supermercado) em um buraquinho no carrinho. Eles ficam presos uns nos outros com uma pequena correntinha e quando você coloca essa moeda a corrente solta do carrinho. Isso é bom, porque força você a devolver o carrinho para a fileira e pegar o seu trocadinho de volta. A moeda sai quando você encaixa a correntinha de volta no buraquinho, só que para isso você precisa de outro carrinho. É assim que vai formando a fileira de carrinhos. Legal, né? Levem essa solução aí pro Brasil, vocês ficarão ricos e poderão vir nos visitar! :)
Depois de todos esses detalhes sobre os supermercados, vou voltar ao assunto desse post: a festa. Lá pelas 17h fomos de carona com Rogério, Paloma, Lucas e Bárbara para a casa de Rosana e Kari. Logo que entramos no carro sentimos aquele maravilhoso cheiro de pão de queijo, eles estavam levando para a festa. Que bom, quantas lembranças de Minas Gerais, de meu pai, da família de meu pai, da família de Lu, das roscas de canela que comia na casa de meus avós, da pamonha, do doce de leite... É muito bom quando algumas lembranças puxam outras. Que saudades!
Demoramos um pouco para chegar na casa de Rosana é um pouco distante da nossa. Logo que chegamos conhecemos Kari, Rosana e as filhas deles, Karolina e Katrina (acho que é com "K"). Eles foram muito acolhedores, foi muito bom conhecer novos brasileiros. Além deles, conhecemos também Andréa (de Manaus), o marido dela filandês e a Nick, filhinha deles, Denise (de Recife) e a filha dela Lavínia, Maria (de São Paulo) e seu marido finlandês e outra Maria (de São Paulo). Conheçam abaixo Rosana, Kari e Karolina.



Rosana preparou uma super refeição brasileira, tinha feijoada, vatapá do Norte (parecido com o vatapá que minha mãe faz), farofa e picanha, tudo uma delícia!



No final da festa, troquei telefones com todos que estavam na festa. Tomara que possamos algum dia reencontrá-los. Todos são muito alegres e calorosos, isso é raro de se ver e sentir por aqui.
É nesses momentos que percebemos o quanto sentimos falta dos nossos amigos e amigas que deixamos lá em Salvador. As relações por aqui são distantes e como diz Lu "são mornas", acho que vão demorar para se concretizarem.
Sei que qualquer início de amizade é assim, mas ainda é muito difícil pra gente encarar isso. Acho que uma parte dessa dificuldade vem de dentro da gente, pois acho que buscamos brasileiros nos europeus e eles não são brasileiros são europeus! São comportamentos e culturas bastante diferentes. Eu confesso, mesmo sabendo disso, ainda espero um dia encontrar uns europeus abrasileirados por aqui.
Hoje, domingo, fez sol de tarde, o dia estava mais bonito do que ontem. Mesmo assim, ficamos em casa vendo Smallville e CSI. Para o almoço, fizemos um risoto de brócolis, vejam na foto abaixo. Ficou muito saboroso, depois eu coloco a receita pra vocês, é bem fácil de fazer.



Risoto me faz lembrar de João (tio de Lu), ele sabe fazer risoto e fez pra gente no ano novo passado, ficava muito bom mesmo!
Agora vou lá no quarto acordar Lu, acho que ele dormiu enquanto eu escrevia.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Minha semana

Ontem fomos assistir um filme com Xan, Sandra e Emma (amiga francesa de Sandra).
Antes de irmos para o cinema encontrei com Lu na frente do trabalho dele e fomos pegar o metrô junto com os colegas de trabalho dele. Estávamos indo encontrar com Xan e Sandra no cinema.
Em relação ao metrô, não posso deixar de comentar uma coisa muito esquisita para quem sempre morou no Brasil: não existe ninguém para cobrar se você está ou não com ticket. Isso mesmo, você compra o ticket em uma máquina e vai pegar seu metrô. Mas se por acaso o fiscal estiver no dia que você passou o calote, você terá que pagar uma multa de 66 €. O ticket vale 2 €, quase nada em comparação a multa, então eu recomendo: compre o ticket.
Lu usou o cartão do ônibus no metrô e eu não precisei comprar o ticket pois já tinha comprado o ticket no ônibus. Esse ticket do ônibus pode ser usado também no metrô e no trem quantas vezes você quiser até 1h10min depois da hora que você comprou. Legal, né?
Quando chegamos no local do cinema, descobrimos que estávamos no cinema errado. Só para esclarecer, não temos nada contra os colegas de Lu, só que eles estavam indo ver um filme em inglês (Borat) e com legenda em finlandês. Eu e Sandra não iríamos entender nada, por isso Lu e Xan acompanharam a gente nesse outro filme mais acessível falado em espanhol.
Pegamos o metrô de novo e fomos para o cinema onde Sandra estava nos esperando. Encontramos com Xan no caminho e enfim, encontramos com Sandra.
Fomos ver o filme Volver de Almodóvar, como já disse é em espanhol e com legendas em finlandês e sueco (ao mesmo tempo!). No geral, achei o filme bem legal, é um filme forte e bonito! Vale a pena assistir! Disse "no geral" porque eu entendia algumas palavras e outras não, mas deu pra entender a essência do filme. :)
Eu fiquei surpresa foi com o tempo de trailler e propaganda que foi mais ou menos 30 minutos, haja paciência!
Uma coisa legal do cinema que fomos (não sei se todos são assim) é que você escolhe a cadeira que quer sentar na hora que compra o ingresso, massa, né? Não precisa se preocupar em chegar primeiro na fila, seu lugar já está guardado. Lá em Salvador, eu só tinha visto isso em teatros, nunca vi em cinemas.
Depois do filme, Emma teve que ir embora e fomos a um restaurante mexicano com Xan e Sandra para comer algo. A comida era muito boa! Logo depois de comer, como já estava tarde, voltamos pra casa. Foi uma noite bem diferente das outras, foi uma boa oportunidade pra conhecer mais Sandra e Xan.
Essa semana não foi muito movimentada. Eu quase não sai de casa, só para ir no mercado comprar comida. Acho que vou engordar desse jeito!
Voltei a fazer meus pontos-de-cruz, tomara que eu consiga terminar a toalhinha que estou bordando já faz um século. Vou seguir os conselhos de minha mãe, nesse fim de semana vou comprar agulha de tricot e lã e tentar fazer alguma coisa com a revista ela me emprestrou. Isso vai ajudar a passar mais rápido meus dias aqui em casa.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Nosso fim de semana

Dessa vez, nosso fim de semana foi mais animado.
No sábado fomos ao centro de Helsinki fazer o nosso primeiro passeio turístico. Até agora a gente não teve tempo para fazer essas coisas, só ficamos em casa, arrumando a casa, passeando aqui por perto, nada muito emocionante. Estávamos determinados a fazer esse passeio no sábado, entäo lá fomos nós com o mapa na mão. Precisávamos do mapa porque nós conhecíamos só uma parte do centro, a parte que envolve dois grandes shoppings o Forum e o Kamppi, foi lá no Fórum que compramos os nossos super casacos e sapatos.
Durante o nosso passeio, tínhamos que consultar o mapa, que terror! Terror não pelo mapa, o mapa era bom e nos ajudou muito, a gente nem se perdeu. Terror pelo frio! Cada vez que tinha que ver o mapa, tinha que fazer bem rápido para minha mão não congelar. Ainda não me acostumei a folear alguma coisa com a minha luva de lã, acho quase impossível. Lu não podia ajudar, perdeu a luva dele para variar. Com o frio que estava fazendo, ele só tirava as mãos dos bolsos do casaco para tirar alguma foto, mas também tinha que ser bem rápido e se a foto não ficou boa, paciência. :)
Nesse passeio conhecemos a praça Esplanadi, é bem bonita, cheia de árvores e esculturas (depois eu coloco algumas fotos). Continuamos andando e encontramos um ponto de informação para turistas. Lá perguntamos como a gente vai para Estocolmo no final do ano. Ficamos sabendo de tudo, agora só falta a grana aparecer para comprarmos as passagens. Também perguntamos se existia algum restaurante brasileiro, a resposta foi negativa, uma pena. Enfim, iremos nos virando com o que tem por aqui mesmo. Pelo menos descobrimos que existe uma discoteca com o nome Copacabana, ficamos sabendo que lá toca de tudo, na verdade não sabemos se toca música brasileira, teremos que ir lá para nos certificarmos.
Ainda no ponto de informação, eu peguei vários livrinhos e folhetos informativos da noite de Helsinki, das outras cidades da Finlândia, do que se faz no inverno aqui na Finlândia e dos restaurantes. Acho que munidos disso tudo, vamos conseguir nos virar por aqui.
Saimos do ponto de informação e seguimos o nosso passeio, encontramos o Market Square, que é uma feirinha de artesanato pequena em comparação com as que temos no Brasil. Não sei se estava pequena por causa do frio ou se ela é daquele tamanho mesmo. Só no verão para podermos comparar.
Como já estava perto da hora do almoço, voltamos para perto do shopping Fórum e fomos almoçar nossa comida preferida: os sanduíches do Hesburguer, são muito melhores que do McDonalds. Depois do "almoço" fomos procurar o tal lugar que ia passar o filme brasileiro "O caminho das nuvens". Foi fácil de encontrar, pensei que seria mais difícil. Perguntamos logo se ia mesmo passar esse filme ou era só lenda e responderam com o DVD na mão que estava confirmado!
Como chegamos uma hora antes, deu tempo para tomarmos café, conversamos sobre tudo e todos, e quando passava uma pessoa diferente perguntávamos "... e esse aí é brasileiro?". Também esperávamos por Xan e Sandra, tínhamos marcado com eles, mas já estava na hora do filme e nada deles chegarem. Ficamos sabendo depois que eles não conseguiram encontrar o lugar. Tudo bem, marcamos outro cinema na próxima quinta-feira, só que vai ser um filme espanhol com legenda em finlandês. Imagine! Será que a gente vai entender alguma coisa? Só indo para saber, de qualquer jeito vamos nos divertir. :)
Quando entramos na sala só tinha eu, Lu, duas senhoras e um cara. O filme não tinha legenda em finlandês era o puro e legítimo português (nordestino).
Não sei se eles entenderam, mas nós entendemos tudo e rimos muito. A sensação de ver um filme brasileiro fora do país é indescritível, é uma mistura de ansiedade, de felicidade, de conforto, de orgulho, sei lá. Foi muito emocionante, nos sentimos em casa!
Depois do filme, passamos no supermercado, compramos algumas delícias e voltamos para nossa casinha quentinha. Zara tinha convidado a gente para um jantar na casa dela. Ela tinha convidado uma amiga brasileira e queria nos apresentar, mas chegamos tão cansados do nosso passeio que só queríamos ver a nossa cama e mais nada. Fica para a próxima!
O nosso domingo foi mais tranqüilo, ficamos o dia inteiro em casa, vendo Smallville e Efeito Borboleta 2. Ver filme aqui em casa ainda é desconfortável, pois ainda não temos sofá, nem TV e nem DVD. Temos que dar nosso jeitinho. Então, um senta na cadeira do computador e o outro na cadeira da mesa da cozinha, colocamos as cadeiras bem juntinhas e assistimos o filme na tela do monitor. Às vezes, começa a doer alguma parte do corpo, mas é só levantar ou se mexer um pouco que pára. :)
A gente até tinha passeio para esse domingo, Xan e Sandra tinham convidado a gente para visitar uma ilha chamada Suomenlinna, como estava nevando deixamos para a próxima semana. Vamos torcer para que o tempo melhore até lá.

domingo, novembro 12, 2006

Diferenças culturais

Se você algum dia pensar em visitar a Finlândia, lembre-se que ao entrar na casa de um finlandês tire o sapato. Mesmo que o chão da casa esteja frio, mesmo que você esteja com aquela sua meia de ursinho. Não tem acordo, tem que tirar. Eu e Lu já fazíamos isso lá em Salvador, nunca gostei de ficar em casa de sapato. Não sei o porquê de tirar o sapato por aqui, mas deve ser para não estragar o piso ou para não sujar a casa, já que o serviço de uma diarista é caro e, provavelmente, eles não estão afim de ficar só limpando o chão, existem outras coisas mais interessantes para fazer. Se por essas razões, concordo com eles e não usamos sapatos dentro de casa também. :)
Outra diferença que percebemos é que eles prezam muito pela coleta de lixo seletiva. Não sei se isso é geral na Europa, como eu só conheço a Finlândia e o meu referencial é o Brasil (Salvador), então já dá pra imaginar quanta diferença. Aqui existem pontos de coleta dentro de shoppings, é muito comum ver um finlandês levando o lixo para dar um "passeio" no shopping. Tem mais, se você for reciclar garrafas e latas, você recebe um cupom que vale uma graninha. Não dá pra ficar rico, é uma recompensa modesta. Já estamos juntando nossas garrafas de coca-cola e cerveja (2), depois eu conto quanto recebemos de grana no total.
Os finlandeses são muito calmos, silenciosos e falam baixo, é muito difícil encontrar um finlandês falando alto, mas caso você encontre, desconfie! Ele, provavelmente, deve ter bebido alguma. E por falar nisso, o alcoolismo é o problema social mais sério por aqui. Quando eles resolvem beber, é beber pra cair. Tem que tomar cuidado porque às vezes ficam violentos. Não existe beber socialmente, tomar "uma" ali no boteco? Acho muito difícil.
Estamos há poucos dias aqui, mas já presenciamos dois casos de pessoas quase caindo de tão bêbadas. As duas foi dentro do ônibus e nos dois casos, foram adolescentes. A primeira foi quando voltávamos para casa e tinha um cara sentado caindo para os lados, eu achei a princípio que ele estava drogado, mas era bebida mesmo. Numa dessas idas e vindas do cara, vimos que ele segurava uma garrafa de vidro e foi assim que tivemos a certeza que ele estava bêbado. Quando o ônibus já estava perto do nosso ponto, o cara que estava sentado do lado dele (não estava bêbado e nem era amigo do bêbado), o acordou, falou algumas coisas em finlandês e ele prontamente desceu do ônibus no mesmo ponto que a gente. Tomara que ele tenha encontrado a casa dele.
A segunda vez foi voltando do jantar na casa de Zara e Carlos. Tinha 2 finlandeses conversando alto e rindo muito no ônibus. Eu falei com Lu: "finlandeses animados!", Lu respondeu, "estão bêbados". Eu olhei de novo para os dois caras e repeti para Lu, "que nada, estão só animados". Quando um deles saiu do ônibus vi que realmente estava bêbado, ele quase caiu quando desceu do banco. Tive que concordar com Lu.
Em alguns lugares por aqui é proibido beber, eu não sei que lugares são esses, como eu não bebo, acho que vou demorar pra descobrir.
Lembrei uma coisa que nos incomodou muito no início, foi perceber como o atendimento é lento. Eles não te atendem enquanto não terminam de atender outro cliente, nem respondem uma simples pergunta, só dizem "wait". Estamos até nos acostumando com isso, não tem jeito, tem que esperar. Acho que estamos ficando tão calminhos quanto eles. :)
Desconfio que o desemprego não é um problema social para eles, existem muitos empregos que no Brasil com certeza existiriam, mas aqui não existem. Por exemplo, no IKEA não existe um cara para pegar a cama que você escolheu lá na loja. Na loja você recebe um papel com os números do corredor e do lote das peças de sua futura cama. Quando você termina de olhar tudo e escolher o que você vai comprar na loja, você se depara com um enorme galpão. Agora mãos a obra! Pegue seu carrinho e vá atrás de sua cama. A maioria das lojas e restaurantes pequenos adotam a filosofia faça você mesmo ou quando não é assim, a pessoa que te atende no caixa, é a pessoa que faz a comida, é a pessoa que limpa o restaurante e é a pessoa que serve. Será que um dia iremos ver isso no Brasil? Eu espero que sim, mas acho que vai demorar...
Duas coisas que eu vi e achei muito diferente do Brasil. Uma é que em qualquer lugar que você vai tem jornal, você pode pegar e não paga nada por ele. A segunda foi ver máquinas que tem jogos de sorte (aquelas que só tem em cassinos) em todo lugar, em bares, restaurantes e supermercados. É muito vício!
É muito difícil ver polícia, eu mesma só vi uma vez um carro de polícia e 2 seguranças no shopping, aqui é bastante seguro. É mais fácil te roubarem do que assaltarem. É muito seguro mesmo. Paloma me contou que um dia ela estava no shopping e viu um carrinho de bebê do lado de fora da loja com bebê dentro, a mãe deixou lá enquanto ela terminava de fazer compras. Imagine se ela fizer isso lá no Brasil?
Soube também por Paloma que as mães por aqui tem costume de deixar o bebê bem agasalhado fora de casa, dentro do carrinho, no frio mesmo. Tem doido pra tudo, dizem que o ar é mais puro e faz bem pro bebê.
E por falar em carrinho de bebê, é muito difícil ver bebê no colo, a maioria ficam no carrinho e nem choram, já estão acostumados. Os ônibus são preparados para os carrinhos de bebê, tem um lugar só para deixar o carrinho e para a mãe sentar. É equivalente ao lugar e a estrutura de elevador que temos no Brasil para as pessoas que usam cadeira de rodas e precisam do ônibus.
Outra diferença, os ônibus não tem cordinha, é só botão, tem botão em todos os lugares, você nem precisa levantar pra apertar que sempre tem um do seu lado.
É claro, não podia esquecer, a grande diferença: o clima. No começo da semana passada, nevou, ventou, choveu e fez muito frio, acho que chegou a -5 graus ou menos. Já perto do final da semana, fez um sol e ficou um pouco mais quente, de +2 graus a +3 graus. Já estamos até sentindo calor. :)
Todos os lugares são aquecidos (ônibus, shoppings, trens, metrôs, casas, lojas, restaurantes, tudo), o país é bem preparado, você só passa frio na rua. A umidade é muito baixa para nós que viemos de Salvador, nossa pele e boca ficam rachadas, temos que ficar cuidando todo o dia e também antes de sair pra rua.
Além de ter que aprender a passar creme todo dia, tive que aprender a olhar a etiqueta de roupa para saber a porcentagem de lã, algodão ou sintético, para não comprar roupa em vão. Aprendemos que a lã esquenta mais, o algodão mais ou menos e o sintético quase nada. Para esse período, disseram pra gente priorizar a lã e o algodão. Estamos seguindo as recomendações direitinho! :)
Acho que ainda iremos nos deparar com algumas diferenças e quando acontecer, vou contar com certeza!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Primeiros dias na Finlândia

É a primeira vez que tenho um blog, vou tentar mantê-lo sempre atualizado. Acho que vai ser uma forma de me distrair e desabafar como está sendo essa mudança pra mim e pra Lu. Vou começar contando como foram os nossos primeiros dias por aqui.
No dia 15 de outubro, chegamos na Finlândia depois de horas e horas dentro do avião. Eu não consegui dormir no avião, Lu de vez em quando cochilava, mas para mim foi muito difícil mesmo! Chegamos mais ou menos às 15h, estávamos exaustos. Encontramos com um finlandês que nos esperava no aeroporto com uma plaquinha "Lucas Rocha", que chique! Entramos na van e fizemos uma viagem do aeroporto até o hotel bem bonita, muitas árvores e muito verde. Quando chegamos no hotel, ficamos "fazendo hora" para dormir no horário certo, isso ajudou a nos acostumar com a diferença de fuso horário. Passamos 11 dias no hotel, nesse período procuramos apartamento, ficamos comendo aquele café da manhã com salmão defumado, pepino, tomate, bacon, umas frutas muito azedas e outras comidas muito esquisitas para dois nordestinos e também, é claro, almoçando sanduíche e, às vezes, pizza. O clima não ajudava, muito frio, vento e chuva e para completar meu sapato estava me apertando, foi horrível! Tivemos que sair um dia só para comprar casacos super potentes, luvas, sapatos confortáveis e impermeáveis e guarda-chuvas. O alívio chegou mesmo no dia 25 de novembro, o dia que saímos do hotel. Não estávamos suportando ficar mais um dia lá, a cama era boa, o chuveiro era muito bom, mas precisávamos fazer a nossa própria comida.
Os primeiros dias em casa foram os piores, não tinha computador, nem internet, nem TV e nem muito menos celular. Lu já estava indo para o trabalho, ele saia cedo daqui e só retornava quase de noite. Eu ficava arrumando e limpando a casa, ia no shopping e depois voltava pra casa. Estava ficando muito triste aqui sozinha. Decidimos sair para comprar logo o computador e habilitar a internet. Aí ficou bem melhor, pude conversar com meus amigos e amigas, pude ver e conversar com meus pais, Yuri, com Chico, Aparecida e Salete. Ah! Como me fez bem!
Por aqui já estamos nos integrando. A primeira pessoa que conheci foi Zara, ela é portuguesa muito alegre, foi comigo fazer um tour pelo supermercado e me levou em um outro mercado mais baratinho. Na sexta-feira passada, 3 de novembro, fomos jantar na casa dela. Conheci o marido dela, Carlos, e os seus dois filhos, Rudi e Roni, eles todos são portugueses, são pessoas muito atenciosas e bastante prestativas. O jantar foi muito gostoso, a torta de limão, hummm, que delícia!
Na quarta-feira passada, conheci Sandra, a namorada de Xan (colega espanhol do trabalho de Lu), e a amiga dela, Laura, as duas são espanholas. Nesse dia, percebi como os latinos se parecem! Combinamos de fazer um curso de inglês em Janeiro e de sair para "bailar" em alguma discoteca em Helsinki. Sandra é mais calminha e Laura bem falante, as duas são muito animadas, leves, muito divertidas, dei muita risada com elas! A conversa foi um pouco complicada, é claro, mas no final a gente se entendeu muito bem, trocamos e-mail e messenger.
Na semana passada, sem querer, conhecemos no supermercado na seção de ciroulas, Rogério, um brasileiro, que veio com a família para a Finlândia também. Ontem, conheci a esposa dele, Paloma, e seus filhos, Lucas e Barbara. Paloma é uma pessoa super tranquila, um astral muito bom. Os filhos uma gracinha! Passamos um dia de madame mesmo, fomos a dois shoppings, comprei algumas coisinhas aqui pra casa, comprei até tapioca, que ela me mostrou, só falta agora um termômetro (sugestão de Paloma). Provavelmente, em janeiro, vamos fazer o curso de finlandês juntas e Barbara vai junto com a gente.
Nesse fim de semana ou no próximo iremos conhecer Rosana, ela é brasileira também. Encontramos no orkut a comunidade "Brasileiros(as) na Finlândia" e vamos a feijoada que eles irão fazer no dia 2 de dezembro.
Estamos aos poucos construindo as nossas amizades por aqui.
Lu está muito empolgado com o novo trabalho dele, era tudo que ele sempre quis, trabalhar com o GNOME e com Software Livre e ser pago por isso. Acho que a maior problema pra ele tem sido a comida do trabalho. Tive que fazer almoço pra ele levar, já que ele não estava conseguindo comer nada por lá.
Ele como sempre tem me ajudado e me dado muito apoio. É muito bom ter ele do meu lado! Esses dias difíceis tem reforçado o quanto a gente se ama. Dia após dia, um ajudando o outro, compreendendo as angústias, cuidando e, é claro, dando muito carinho. É muito bom mesmo!
Na semana passada, encontramos alguns sites com eventos culturais, estamos agora por dentro das "badalações" finlandesas. :)
Nesse fim de semana iremos ver um filme brasileiro "O caminho das nuvens" de graça lá em Helsinki. Acho que vai fazer bem pra gente e, é claro, não vou esquecer de levar alguns lenços de papel. :)
Acho que aos pouquinhos estamos conseguindo nos achar por aqui.