segunda-feira, julho 30, 2007

Ajudando o Brasil da Finlândia

Como estava previsto Lu chegou na madrugada do domingo retrasado, 22 de Julho. Eu não consegui dormir de ansiedade, fiquei acordada, rolando na cama até que ouvi o barulho da chave na porta e ele, enfim, chegou. Acho que era mais ou menos umas 2h da madrugada, ele chegou muito cansado, no dia seguinte acordou às 11h, isso porque eu chamei. Tínhamos que ir para o aniversário de Cássio.
Às 12h30 fomos para casa de Cássio e Patricia antecipar a entrega dos presentes que eles tanto mereceram pela semana que me apoiaram aqui na Finlândia. Compramos o livro mais novo de Harry Potter para Cássio e orquídeas para o casal. Pela reação deles, acho que gostaram. :)
Depois fomos para o restaurante turco comemorar o aniversário de Cássio. Foi dez! A comida era muito saborosa e a companhia foi ótima. Além da gente, foram Carol e Flávio, Rhaoni, Lidi, Rodrigo, Paula e Àtila. Muito legal! Rhaoni, Lidi, Rodrigo, Paula e Àtila tiveram que sair mais cedo, uma pena, eles perderam um "programaço". Depois do almoço, fomos para casa de Flávio e Carol e tomamos "Café do Ponto". Depois de alguns meses na Finlândia, tomando o café daqui, dá para pereber claramente a diferença entre o café brasileiro e o café finlandês. O gosto do café do Brasil, é infinitamente melhor, é mais forte, tem mais gosto e cheiro de café. O café daqui tem gosto de café misturado e é bem mais fraco, o único bom é o expresso, que chega perto do nosso, mas nem tão perto, o gosto ainda é diferente. Foi uma delícia sentir o cheiro e o gosto de um cafezinho tipicamente brasileiro, huummm... Depois disso, Lu e Flávio começaram a tocar violão e nós acompanhamos cantando e, às vezes, dançando. Foi muito divertido. Lu saiu de lá, dizendo que nunca tinha se divertido tanto aqui na Finlândia quanto naquele dia. Então, dá para imaginar, né?


Lu, eu, Cássio, Patricia, Carol e Flávio


Lidi, Rhaoni e Patricia


Átila, Paula e Rodrigo (de trás para frente)


Cássio soprando as "velinhas" na casa de Flávio e Carol


Café brasileiro, huuummmm...


Carol, eu e Patricia


Cássio, Lu e Flávio

E a segunda-feira chegou, mal deu para curtir Lu e ele já teve que ir trabalhar. Passei essa semana inteira me sentindo muito sozinha, sei que não estava sozinha, mas me sentia assim. Talvez porque não tivemos tempo suficiente para matar a saudade. A semana foi passando e eu fui ficando melhor.
Na quinta-feira, fomos visitar Sanna. Ela tinha feito pulla e torta de mustikka, tudo estava delicioso! Encontramos com Sabrina e Larissa, irmã de Sabrina que está por aqui de férias. Foi massa!
Na sexta passada, pela tarde, eu e Patricia encontramos com Carol, Selene e Tânia. Eu conheci Selene e Tânia por causa da comunidade do orkut "Brasileiros na Finlândia" da qual todas nós fazemos parte. Esse encontro foi o resultado de uma discussão gigante sobre "Por que você veio para Finlândia se sente tanta falta do Brasil?" desse tema foi para outra discussão gigante dos pontos positivos e negativos do Brasil e da Finlândia e depois surgiu a idéia de ajudar o Brasil de alguma forma daqui Finlândia. Acho que foi isso, não acompanhei essa discussão direito, só li alguns comentários. Povo da comunidade "Brasileiros na Finlândia", se eu disse algo errado me corrijam.
Então, lá estávamos nós para tentar pensar em alguma forma de ajudar alguns brasileiros de tão longe.
Tânia começou o papo contando das suas experiências na Finlândia e deu boas idéias para participarmos de projetos sociais por aqui, ajudando os refugiados. Não seriam brasileiros, mas estaríamos ajudando pessoas de outras partes do mundo que vêm para cá em uma situação de desespero, buscando uma vida mais tranquila e melhor. Pelo o que Tânia e Carol, que também já trabalhou com refugiados, disseram é que muitos dos que vem, são crianças e adolescentes que são mandados pelos pais, pois estes sabem que se mandarem as crianças ou adolescentes para cá, a Finlândia não pode rejeitar, tem que acolher. Tânia e Carol também disseram que tem adultos de 30 anos que chegam aqui dizendo que tem 17 anos. Elas falaram que dá para ver claramente que a pessoa não tem 17, mas não tem como provar que ela tem mais que 18 anos, pois chegam aqui sem nenhum documento, a princípio a Finlândia tem que acolher também. Não sei o que acontece depois, talvez eles achem um jeito de descobrir e mandar a pessoa de volta ou talvez, vão esquecendo, esquecendo e a pessoa acaba ficando. Sei lá.
Tânia disse que tem ótimos contatos, pois participou de um projeto ensinando matemática para os refugiados, e que assim que ela puder passaria para nós por email. Essa é uma boa forma de ajudar diretamente pessoas, eu preciso disso, não consigo ajudar de longe, queria participar de algum projeto que pudesse ajudar de perto. Acho que esse é o caminho aqui na Finlândia.
Carol e Tânia disseram que também tem angolanos que vem para Finlândia só falando português, que podíamos buscar algum projeto no governo ou em outra instituição que precisasse de ajuda na integração dos angolanos na Finlândia. Essa também é uma boa idéia para ajudar de perto, Tânia disse que iria se informar à respeito disso e depois avisaria a gente.
Depois Selene sugeriu dois projetos para ajudar pessoas no Brasil. O primeiro é ajudar brasileiros que estivessem vindo para a Europa, dando contatos e dicas para se manterem por aqui e o segundo é quando nós fôssemos para o Brasil, déssemos palestras em algumas instituições sobre temas que estas estivéssem precisando. Por exemplo, suponha que exista um grupo de costureiras que queiram fazer uma cooperativa, a gente estudaria o assunto e apresentaria para elas quando fôssemos no Brasil. Legal, é uma forma de ajudar, mas não é tão intenso, seria uma ajuda pontual.
Quase no final do encontro, Carol deu uma super idéia para ajudar algumas pessoas no Brasil, eu achei a melhor de todas. Ela sugeriu que vendêssemos produtos de artesãos brasileiros aqui na Finlândia. Como não tínhamos pensado nisso antes?! Se der certo, iremos ajudar essas pessoas diretamente contribuindo para o crescimento da renda e melhoria da vida delas no Brasil. Para isso, definimos que iremos escolher 2 projetos inicialmente. Esses projetos podem ser 2 cooperativas ou 2 grupos de artesãos ou 1 uma cooperativa e 1 grupo de artesão. Patricia disse que vai marcar uma entrevista na Embaixada para eles explicarem o que é preciso para nós importarmos esses produtos do Brasil. Eu fiquei responsável em encontrar 1 cooperativa ou 1 grupo de artesãos, pois Carol disse que já tem um grupo para indicar. Agora vamos trabalhar nesse idéia e buscar todas as informações necessárias para que isso dê certo.
Depois do encontro, eu e Patricia fomos para casa dela e de Cássio, pois Lu e Cássio estavam lá jogando Playstation 3. Cássio conseguiu alugar na Nokia. Os dois ficaram viciados em um jogo de guerra, jogaram até 2h da madrugada. No sábado de tarde, fomos na casa deles de novo, vimos um filme e depois eles jogaram novamente até 1h30 da madrugada. Que vício! Ainda bem que é alugado, senão eles iriam viver só para isso.
Essa foi a nossa semana. Provavelmente, agora, nessa semana será a defesa do mestrado de Lu. Ele ainda não divulgou o dia, porque ainda não temos certeza se o sistema de videoconferência irá funcionar certinho. Quando soubermos o dia, hora e local, nós avisaremos com certeza.
Depois de tantas novidades vou parando por aqui. Em breve escreverei de novo. :)

sexta-feira, julho 20, 2007

Meu aniversário

Essa semana foi uma das mais difíceis para mim aqui na Finlândia. Lu viajou para o GUADEC, o maior evento do GNOME, para apresentar uma palestra sobre o trabalho que ele faz aqui. Ele viajou no dia 14.07 (sábado) e chegará nesse domingo de madrugada. No dia que ele viajou, eu estava super forte, achando que essa semana seria como a outra semana que ele foi para o FISL (Festival Internacional de Software Livre) no Brasil. Que seria fichinha...
A semana foi passando e foi ficando difícil porque me dei conta que seria a primeira vez que passaria meu aniversário na Finlândia, ou seja, sem meus velhos e queridos amigos, sem minha família por perto e, agora, sem Lu. Acho que não senti tanto da outra vez quando Lu passou uma semana no Brasil porque eu tinha a aula de finlandês que ocupava a metade do dia e uma prova para me preocupar. Dessa vez, estou de férias e para completar teria que organizar o meu aniversário. Não gosto de comemorar meu aniversário, nem muito menos organizá-lo, mas mesmo assim decidi fazer para não ficar mais triste e sozinha. Convidei 7 pessoas, 5 estavam viajando e 2, Cassio e Patricia, confirmaram e vieram.
Tenho que reconhecer que essa semana não foi tão difícil assim. Tive um super-grande apoio de Patricia e Cassio. Durante essa semana, encontrei muitas vezes com eles. Teve um dia que eu e Patricia dividimos um almoço, no outro fomos para a praia e caminhamos um pouco, no outro dia procuramos forminhas de empadinha para fazer empadinhas para meu aniversário (não encontramos, mas já pedi para mandarem do Brasil) e ela me ajudou a comprar as comidas e bebidas para o meu aniversário. Às vezes eu passava lá só para jogar conversa fora com os dois e via um episódio de Heroes, como se fosse a primeira vez. Aff! Eles devem estar enjoados da minha cara. :)
Por ter me aguentado essa semana, eles dois merecem tudo de bom! Fizeram a minha semana ficar muito melhor, claro que, às vezes, quando voltava para casa, rolava uma lágrima aqui, outra ali, mas no dia seguinte encontrava com eles e tudo ficava bom de novo. Grandes amigos mesmo!
No dia do meu aniversário, quinta-feira passada (19.07), Patricia veio aqui em casa mais cedo para fazermos a torta de espinafre e enrolar os beijinhos de coco. Depois Cassio chegou. Eles me deram de presente um livro de culinária finlandesa em finlandês. Adorei, eu já queria comprar o livro, mas sempre pensava "esse mês não, talvez no próximo". Eles acertaram em cheio. O aniversário foi muito divertido, não imaginava que seria tão bom. A torta de espinafre estava muito boa mesmo, eu sou muito crítica com as comidas que eu faço, mas essa foi a melhor torta de espinafre que fiz aqui na Finlândia, o sal e o sabor estavam no ponto certo. Cantamos parabéns e Patricia puxou o parabéns em finlandês (muito esquisito). Comemos bolo de morango e os beijinhos, estavam deliciosos. Nós nos divertimos muito com as idéias mirabolantes de Patricia para as fotos, faz assim, faz assado. Muito engraçado, tem umas fotos que estou me acabando de rir. Depois de muita conversa e risada, assistimos "Ó Paí Ó". Foi uma delícia de aniversário!


Cassio, eu, Patricia e o meu presente


Eu e a mesa cheia de delícias


Cassio e a caipirinha de morango


Patricia


Drinque


A torta de espinafre


26 anos!


Cantando o parabéns


Abraço bommm...


Soprando as velinhas


Nham, nham... (essa eu me acabei de rir)


Primeiro pedaço para os meus
convidados queridos (essa também dei muita risada)



Beijinhos de côco

Não pensem que fiquei em casa sofrendo a semana toda, fui um dia para a academia e até organizei um encontro com o pessoal da minha turma de finlandês para caminhar em Suomenlinna, uma ilha perto de Helsinki, na quarta-feira passada (18.07). Nesse encontro não foram muitas pessoas, mas foram as pessoas que mais gosto do curso, que mais me dou bem, Lionel e Hong. Fomos para Suomenlinna às 12h, conversamos muito em finlandês, foi bom para relembrar algumas palavras. Caminhamos, fizemos um piquenique, o dia estava bem bonito, com muito sol, peguei até uma corzinha. Depois voltamos para Helsinki, almoçamos em um restaurante chinês e depois fomos para um parque comemorar meu aniversário tomando vodka com sprite.


Lionel e Hong em Suomenlinna


Hong e eu em Suomenlinna


Eu


Suomenlinna


Suomenlinna


Nosso piquenique em Suomenlinna


Lionel, Hong e eu


Hong e Lionel em Helsinki, comemoração
adiantada do meu aniversário



Hong e eu em Helsinki


Às vezes, durante essa semana, quando ficava mais tristinha conectava o gtalk, ICQ e MSN para conversar com meus amigos de Salvador. Para mim, não foram simples conversas, significaram muito, foi uma forma de me distrair e de me sentir mais próxima mesmo tão longe. No dia do meu aniversário, cada mensagem no orkut e por email que chegava, me sentia muito melhor, lia cada uma com muita atenção.
No dia do meu aniversário pela tarde recebi o carinho de meus pais pelo skype. Eles lutaram para colocar o skype para funcionar, meu irmão mais novo que sabe mexer no computador, viajou e eles ficaram perdidos. Meu pai até perdeu o ônibus para o trabalho para falar comigo. Ainda bem que eles não desistiram! Adorei!
Durante toda a semana, Lu sofreu junto comigo, muitas vezes ligava para me consolar, sendo paciente e muito carinhoso. Depois desse sofrimento todo, prometeu que isso não irá se repetir. Ufa!
Acredito que essas coisas não acontecem por acaso. Foi ruim não ter Lu aqui, mas foi bom que pude me aproximar mais de Cassio e Patricia, de Hong e Lionel. Acho que esses são presentes para o resto da vida.

terça-feira, julho 10, 2007

Últimos acontecimentos

Faz algum tempo que não escrevo. Nosso computador foi para o conserto e ficou lá mais ou menos 1 semana e meia, não foi nada grave, o leitor de cd/dvd não estava funcionando, agora está 100%. Então vou tentar fazer um resumão do que aconteceu nesses dias que não escrevi.
No dia 29 de Junho, sexta-feira retrasada, pela manhã fiz o teste de finlandês do módulo 2. O teste foi maior do que o do módulo 1, mas consegui responder tudo. Nesse mesmo dia no final da tarde, fomos assistir com Teea o jogo de vôlei Brasil X Finlândia. Nós sentamos no meio de um monte de finlandeses. Na nossa frente tinha uma galera bem animada, acho que um pouco embrigada, já que gritavam sem párar "Suomi! Suomi!" (Finlândia em finlandês), batiam palmas e pediam para os outros finlandeses gritarem também. Para um finlandês fazer isso só com muito álcool no sangue. Alguns finlandeses acompanhavam com palmas mas nada muito emocionante. Nós vimos o jogo de perto, o estádio não era muito grande. Dava para perceber claramente que os jogadores brasileiros eram maiores e mais fortes do que os jogadores finlandeses (com seus calções no umbigo). Quando os jogadores finlandeses começaram a fazer o aquecimento para o jogo foi vergonhoso. Até Teea sentiu vergonha deles. Eles pareciam que estava em uma aula de educação física e naquele dia seria o "dia do vôlei". Todos faziam as mesmas coisas, quando um treinava o bloqueio no espaço, todo o time fazia um fileira e esperava a sua vez de bloquear. Enquanto o time do Brasil estava solto, cada jogador esquentava do seu jeito. Acho que peguei um pouco pesado com os jogadores finlandeses, como todo finlandês eles são organizados e por isso levam essa qualidade para o treinamento também (por que não?). Sei que cada time tem um preparador físico que deve saber o que é melhor para sua equipe. Então, culturas diferentes, treinos e aquecimentos de vôlei diferentes. Deixando um pouco os jogadores de lado, quando Bernardinho entrou na quadra, gritamos Brasil, ele olhou para nós e acenou. Aqui na Finlândia eles não são os astros, então qualquer gritinho "Brasil", eles valorizam e olham para saber de onde saiu, no Brasil é diferente todo mundo grita "Brasil", não dá para ele falar com todo mundo de um em um. Foi legal sentir que viemos do mesmo país, que somos brasileiros também! Teve hino nacional, foi emocionante, mas não tocaram toda a música, acho que isso é normal. No entanto, quando estava terminando a primeira parte do nosso hino eles cortaram logo para o fim ficou esquisito, mas no geral foi bonito. O jogo foi um pouco apertado, achamos a seleção brasileira um pouco desplicente. Talvez porque estavam só cumprindo tabela, sei lá. Podiam ter jogado mais, acho como todo brasileiro sempre estamos descontentes com os nossos atletas, não sei porque somos tão exigentes. O jogo foi 3 X 0 para o Brasil, no dia seguinte eles jogaram de novo e foi 3 X 1 para Brasil. Enfim, estamos dentro ainda. :) Teea, valeu pela companhia e pelas fotos, ficaram lindas!
Um dia liguei a tv e vi esse jogo sendo transmitido, nós estávamos sentados na arquibancada que ficava bem na frente da câmera, então quando a câmera filmava o jogo a nossa arquibancada sempre aparecia. Às vezes dava para ver a gente, três cabecinhas com camisa amarela balançando os braços e o cachecol do Brasil que Teea levou para o jogo e ao redor da gente um monte de finlandeses de branco e azul. Se vocês virem esse jogo de novo, observem se tem três pessoinhas na arquibancada da frente de camisa amarela no meio, somos nós!
No domingo retrasado, primeiro de Julho, fomos para o lago Oittaa, fica dentro de Espoo. Pegamos dois ônibus para chegar lá. Não tínhamos ido ainda para nenhum lago, só pra praias. É bem diferente, não venta muito, na beira do lago não tem areia, tem terra (preferimos pegar sol na grama, é mais limpinho :)) e a água é um pouco mais quente. Se Lu até entrou na água, então podem ter certeza que mais quente mesmo. Lá tem também camping, banheiros, restaurante e quiosque de sorvete. Foi muito bom, o dia estava lindo, pegamos um solzão.


Jogo de Vôlei: Brasil X Finlândia


Eu e Lu no jogo


Eu e Teea no jogo


Lago Oittaa


Lu depois do banho


Lu pegando sol no lago Oittaa


Eu pegando sol no lago Oittaa


No dia 4 de Julho, quarta-feira passada, eu e minha turma de finlandês fomos para uma reserva florestal chamada Nuuksio, fica em Espoo também. A escola organizou essa excursão. Foi um dia bem gostoso. Lá tem muitas árvores, muitos pássaros e foi possível comer mustikka (mirtilo, no meu dicionário) direto do pé, uma delícia! Mustikka é uma frutinha redondinha pequenininha e roxa, lembra de longe a nossa uva, bem de longe. O clima estava ótimo. Caminhamos 4km e no final fizemos um churrascão, comemos makkaras (salchichão) com pão e salada. Foi um sucesso! Lá tem mais duas trilhas uma de 2km e outra de 6km, essas ficarão para outro dia quando eu for com Lu. Tem também lugares reservados para acampar e fazer churrascos, perto das churrasqueiras eles deixam madeiras cortadas para você usar na fogueira. Tudo bem organizado e perto das churrasqueiras tem banheiros. No lugar onde nós fizemos o churrascão, tem um rio bem na frente, é liberado para pescar e mergulhar. Essa excursão para mim foi a melhor até agora. Cheguei em casa mortinha, mortinha.


Mustikkas


Nuuksio


Eu


Huyen, eu, Durga (acima), Olga e os filhos dela (Marta e Maxim),
estávamos assando as makkaras



No dia 6 de Julho, sexta-feira passada, foi a festa de encerramento do módulo 2 do curso de finlandês. Foi parecida com a primeira festa, cada aluno tinha que levar um prato do seu país. Eu levei brigadeiros e beijinhos de coco. Tive a grande ajuda de Patrícia e Cássio na preparação dos docinhos. Valeu pela força!! Como os ingredientes são diferentes e em Salvador eu só fazia esses doces no microondas, precisei dessa mãozinha deles. :) Ficaram deliciosos! Eu levei metade para a festa e a outra metade, entreguei para Cássio e Patrícia. Esse foi o nosso doce acordo.
A festa foi bem tranquila, dessa vez não teve música, conversamos muito (em finlandês) e comemos muito também, as comidas foram bem diversificadas e muito saborosas. Todo mundo gostou dos brigadeiros e dos beijinhos, mas os beijinhos fizeram mais sucesso, o povo pegava de 4 em 4. Impressionante! Nesse dia também recebi o resultado do teste, fui bem, de 143 pontos acertei 134. Errei algumas besteiras, mas é isso mesmo, errando e aprendendo. Sei que escrever direito é importante, mas quero falar e praticar mais. Sou um pouco ansiosa, só um pouco. :)
Recebi o certificado do curso, fui aprovada para o módulo 3 o qual começa no dia 6 de Agosto.
Depois da festa, eu, Hong, Huyen e Lionel fomos para um bar. Conversamos sobre muitas coisas, bebemos um copinho de tequila e um copão de cerveja cada um. No final Lionel que já tinha bebido 5 copões de cerveja já estava falando mais inglês do finlandês. Eu estava inteira, um pouco tonta e com um pouco de dor de cabeça. Voltei para casa, comi um sanduíche, tomei um remédio e tudo voltou ao normal.


Mesa com os comes e bebes


Brigadeiros na festa


A maior parte da turma


Adil, eu, Huyen e Hong


Eu recebendo o certificado


Eu, Huyen, Hong e Lionel no bar


No sábado passado, 7 de Julho, encontramos com Sanna em Helsinki, caminhamos um pouco, fomos na feira perto do Esplanadi, Sanna comprou algumas coisinhas e nós acompanhamos. Já está na época das batatas novas. Essas batatas são especiais por aqui, só aparecem durante o verão. Elas são pequenas e mais saborosas que as outras batatas finlandesas que achamos normalmente no mercado. Eu já comi, realmente são muito melhores que as outras batatas daqui, mas acho que as batatas brasileiras são tão boas quanto as batatas novas, sem falar que nosso aipim dá de mil a zero. Depois da feira, fomos almoçar em um restaurante italiano. A comida estava maravilhosa, a conversa muito boa, até escutamos um sambinha brasileiro, nos conquistaram. :) A noite fomos para casa de Cássio e Patrícia rimos um bocado, foi muito divertido. Encontramos lá Priscila, sempre muito humorada, Flávio, amigo de Cássio e de Lu que trabalha na Nokia também, e a sua esposa Carolina, que acabou de chegar na Finlândia. Eles são muito simpáticos e atenciosos. Com essas boas companhias ficamos lá até às 3h da manhã. No entanto tivemos uma participação "estraga prazer" nessa noite, mais ou menos às 2h, Lu começou a tocar violão e nós começamos a cantar, só foi o tempo da música acabar, apareceu uma vizinha reclamando da nossa bagunça. Sabe como é, quando brasileiros se juntam é uma falação, uma gritaria, risada aqui, outra ali e para completar um violão. Aff, esses brasileiros...
No domingo fomos para a casa de Sanna fazer pulla. Para simplificar, pulla é um pão doce com canela, açúcar e kardemumma (cardamomo, no meu dicionário), esse ingrediente diferencia a pulla dos nossos pães doces de canela e eu acho que não temos no Brasil (eu acho). Anotei a receita completa diretamente de uma autêntica finlandesa, quando for no Brasil, vou fazer com certeza para vocês provarem, aguardem! Na verdade fizemos dois tipos de pulla: a korvapuusti, que tem forma de orelha, e a voipulla, que é uma bolinha e é a mais tradicional. Na verdade só o formato que muda, a base é a mesma, todas são pullas. Ficaram espetaculares de lamber os dedos! Valeu Sanna!


Batatas novas na feira


Feira


Eu e Sanna no restaurante italiano


Eu e Sanna fazendo pulla


O resultado: korvapuusti


Segunda-feira passada, 9 de Julho, fui na secretaria do trabalho mostrar meu certificado de término de curso. Sempre que termino um módulo tenho que ir lá, mostrar o certificado e dizer que continuarei estudando. Lá encontrei com alguns amigos do curso. Depois disso, fui almoçar com Hong, conversamos bastante (em finlandês), imagine como deve ter sido. O importante que nós nos entendemos muito bem. Depois do almoço, ela me acompanhou na minha peregrinação para comprar meu presente de aniversário, um IPod Nano 4GB. Meu aniversário não foi na segunda-feira, não, será na próxima semana (19.07, anotem! hehehe) e Lu estará viajando. Ele viaja no próximo sábado de tarde para uma cidadezinha na Inglaterra e volta no outro sábado, ou seja, ele estará longe justamente na semana do meu aniversário. Eu não vou com ele por 3 motivos: primeiro, a cidade do evento não é tão atrativa assim; segundo, Lu estará o tempo todo no evento; e terceiro, se é pra ficar sozinha lá, prefiro ficar sozinha aqui e sair às vezes com alguns amigos que tenho por aqui. Acertamos que eu compraria o meu presente porque essa semana ele está atolado de trabalho e finalizando os últimos detalhes da dissertação de mestrado. Ele prometeu que compraria outro presente surpresa para mim, agora está registrado aqui no meu blog, ele não vai poder me enrolar, hehehehe, brincadeirinha... Voltando ao IPod, realmente foi uma peregrinação, fomos primeiro para o Gigantti que fica no Suomenoja e descobrimos que não tinha a cor que eu queria (azul), pegamos 2 ônibus e fomos para outro Gigantti perto do IKEA, lá encontramos o meu IPod. Comprei sem rodeio e esses dias estou curtindo o meu lindo presente. Foi ótimo ter Hong do meu lado, ela me ajudou muito, sem contar que ela é uma pessoa muito querida, a companhia dela fez essa maratona ser mais divertida. Se eu fosse sozinha, ia ser um saco!
Como deu para perceber esses dias foram muito bons! Agora que estou de férias, irei curtir mais a vida aqui na Finlândia. Quando tiver mais novidades, apareço de novo.