quarta-feira, agosto 29, 2007

Boa novidade

Como vocês sabem eu estou fazendo o módulo 3 do curso de finlandês. Esse curso é oferecido pelo governo. Recebo uma grana do governo para estudar finlandês e no próximo módulo terei que estagiar em algum lugar. O governo não pode e não quer nos manter para sempre estudando, então precisamos dar algum retorno ao país. Por isso que nesse módulo começaremos a procurar um lugar para estagiar, continuar falando finlandês e quem sabe quando o curso terminar o dono da empresa/organização nos convide a continuar o trabalho. Enfim, expliquei isso tudo, para dizer que somos obrigados a estagiar durante 6 semanas no próximo módulo do curso de finlandês. Pronto. :)
Quem me conhece sabe que eu gosto de fazer tudo com bastante antecedência. Então, se é para procurar estágio para o próximo módulo que começará na metade de Setembro, por que não começar a procurar logo? Por que esperar?
Passei alguns dias pensando, pensando onde eu poderia estagiar. O que eu queria fazer aqui. Depois de tanto pensar, percebi que seria difícil ser uma chef de cozinha por agora, pois não tenho nenhuma experiência na área e para procurar um estágio eu precisaria ter experiência profissional nisso. Foi descartado. Pensei também, quem sabe não trabalhar em alguma coisa relacionada a minha formação em Ciência da Computação? Na mesma hora pensei "Aff! Nunca mais! Deus me livre!", bati na madeira três vezes. Descartado!
Pensei nas experiências que eu tive durante a faculdade, quando participei de um projeto de inclusão digital para adolescentes de comunidades pobres em Salvador. Isso sim eu gosto! No primeiro momento participei desse projeto ensinando informática e depois coordenando. Foram momentos que me sentia muito feliz e realizada por ter ajudado outras pessoas. É isso! Encontrei a minha profissão. Vou ser assistente social.
Lembrei que Tânia tinha me levado para conhecer uma escola para adolescentes refugiados que fica aqui perto de casa e por acaso ela me falou que lá é um bom lugar para estagiar, que as pessoas são bem legais. Ela falou isso porque já tinha estagiado lá. Fomos nessa escola porque algumas pessoas da comunidade do orkut "Brasileiros na Finlândia" estavam querendo ajudar outras pessoas e o Brasil de alguma forma (lembram que tinha contado isso?). Então Tânia disse que tinha dado aula para refugiados e que talvez pudéssemos ajudá-los de alguma forma aqui mesmo. Enfim, lembrei desse episódio e liguei pra ela na semana passada, peguei com ela o nome da escola (NUMA) e da pessoa com quem ela trabalhou (Marketa, desconfio que ela é "a" assistente social da escola, não tenho certeza, só impressão). Tânia me disse também que Marketa estaria na escola na quinta-feira pela manhã. Tomei coragem e decidi ir nessa escola tentar alguma coisa.
Na quarta-feira a noite, planejei com Lu a minha estratégia, como e o que eu falaria. Na quinta acordei cedo e fui direto para a escola. Fui lá com o meu currículo em inglês (pois só faremos o currículo em finlandês na próxima semana) e a carta que a minha professora tinha nos dado. Essa carta explica que esse estágio faz parte do programa do curso de finlandês, que eu falo finlandês, que não precisa pagar nenhum salário para mim, pois o governo pagará etc e etc.
Quando cheguei na escola, vi Marketa, Lenka e outra professora em uma sala. Já conhecia de vista Marketa, pois quando fui com Tânia conhecer a escola, Marketa apareceu por lá. E nesse mesmo dia que fui com Tânia, ela estava indo conversar com Lenka e acabei conhecendo Lenka também.
Voltando, quando cheguei lá, vi as três em uma sala conversando, entrei e as três olharam para mim, a professora que não lembro o nome (minha cabeça não tinha espaço para guardar mais nada) perguntou se podia ajudar e na mesma hora Lenka disse para elas que eu era amiga de Tânia. Eu respondi dizendo "estou ainda estudando finlandês e no próximo módulo eu preciso estagiar e gostaria de estagiar aqui". Elas sorriram e a professora que não lembro o nome disse que era melhor eu conversar com Marketa pois é ela que trata desses assuntos. Lenka e a outra professora saíram da sala e eu comecei o meu discurso. Falei que sou brasileira, que no Brasil ensinei informática e coordenei um projeto social, que agora queria adquirir ainda mais experiência em projetos sociais porque pretendo no próximo ano fazer faculdade em serviço social e seguir essa profissão. Logo em seguida ela perguntou se eu tinha experiência em trabalhar com adolescente. Eu disse que sim, mostrei meu currículo e entreguei a carta da minha professora para ela. Ela gostou muito e perguntou se eu teria que falar só finlandês e eu disse que sim. Ela me explicou que eu poderia ensinar ou ajudar os alunos quando eles estivessem no computador e que poderia ajudar ela em alguns momentos. Eu disse que se eu pudesse começaria a trabalhar no dia seguinte mesmo, mas percebi que não podia porque na hora que a escola está aberta, eu estou no curso de finlandês. Ela sorriu e me mostrou as salas da escola. Depois disse que me ligaria na próxima semana (que já é essa) para dizer o que eles decidiram, pois ela precisava falar com os outros professores. Eu falei que não teria problema de esperar e que tinha gostado de conhecê-la. Saí de lá saltitante! Uhu!! Me saí muito bem! Fiquei muito feliz com meu desempenho, consegui entender boa parte do que ela me falou. Na mesma hora liguei para Lu e contei como foi. Depois fui para o curso de finlandês e contei para minha professora e alguns amigos do curso mais próximos.
Fiquei esses dias todos esperando a resposta. Até que ontem, terça-feira, minha professora recebeu um email de Marketa dizendo que eu poderia estagiar na escola. Uhuu!!
Na verdade não sei o que irá acontecer agora, mas acredito que tenho que esperar até 29.10, quando será o primeiro dia do estágio. Já estava feliz por ter conseguido me comunicar, imagine agora que tenho um lugar para estagiar... estou muito mais feliz!

Helsinki está viva!

Reconheço que tenho escrito pouco ultimamente. Acho que tem um pouco a ver com a minha rotina diária. Acordo às 7h30, pego o ônibus às 8h20 e tenho aula das 9h às 14h. Chego em casa às 14h30, faço almoço, que só fica pronto às 15h. Depois almoço no sofá vendo televisão e por lá fico descansando até dormir. Durmo até 17h e às 18h Lu chega em casa. Quando ele chega, na maioria das vezes, ele precisa usar o computador, então penso comigo "amanhã eu escrevo no blog". Mas os dias passam e essa rotina me consome e sempre vou adiando. Sábado e domingo são os dias que eu e Lu podemos ficar mais juntos, às vezes saímos, outras vezes ficamos em casa vendo filme e então penso "segunda-feira eu escreverei no blog". Quando chega segunda-feira, como todos sabem é o primeiro dia da semana mas também é o dia que fico com mais sono. :)
Hoje decidi nem olhar pro sofá, almocei na mesa e sentei logo na frente do computador. Essa foi a melhor solução que eu achei para conseguir escrever esse post.
Então vou começar. Esse mês de Agosto, acho eu que é o mês das artes em Helsinki (se eu estiver errada me corrijam). É nesse mês que ocorrem alguns eventos bem legais. Por exemplo:
  • Art Goes Kapakka (Arte vai aos bares/restaurantes/cafeterias) é um festival que reúne em dez dias (16.08 - 25.08) diversas palestras, apresentação de capoeira, bandas de rock, blues, jazz e outros tipos de bandas, peças teatrais, recitais de poesia, aulas de culinária, exibição de filmes, ópera, danças e outras coisas mais. Isso tudo distribuído em 35 lugares em Helsinki, entre eles, restaurantes, bares e cafeterias. Eu acho que não precisa pagar para ver os shows, mas se aconteceram em restaurantes, bares e cafeterias, você pelo menos deve tomar ou comer alguma coisa, já que você verá o show sentado à mesa.
  • Flow Festival é um festival de música finlandesa e internacional. Ocorreu do dia 17.08 até 19.08 em Helsinki. O ingresso custou 33€ para um dia, 50€ para dois e 70€ para os três dias.
  • UMO é um festival de jazz de bandas finlandesas e de outros países em Helsinki. O primeiro dia será amanhã (30.08) e terá shows até 02.09. Os ingressos estão em torno de 20€ a 28€, mas pode comprar também para um dia (sexta-feira) por 40€ ou para o festival todo por 100€.
  • Viapori Jazz como o próprio nome sugere, é um festival de jazz que aconteceu em Suomenlinna (ilha perto de Helsinki). Esse festival foi do dia 22.08 até o dia 25.08 e os ingressos custaram em torno de 10€ a 22€.
  • Taiteiden Yö (Noite das Artes) foi no dia 24.08 em vários lugares em Helsinki. Reuniu em torno de 100.000 pessoas, foi um grande evento. Nessa noite foi possível ver exposições de fotografias, esculturas e quadros, recitais de poesias, apresentações de dança e sessões de filme no meio da rua, teve alguns lugares que venderam piquenique, shows ao ar livre, peças de teatro, ópera, museus abertos e outros eventos em outros lugares. Esse evento não precisa pagar, a maioria dos eventos foi ao ar livre.
  • Todo dia acontece alguma coisa em algum lugar por aqui, se você quiser, pode ver no site Festas em Helsinki.
Não fomos para todos que eu citei, porque, coincidentemente, ocorreram em um período que Lu estava com muito trabalho, ele chegava em casa muito cansado e só queria descansar. Espero que o próximo ano seja mais tranquilo.
Pelo menos fomos, na sexta-feira passada, para o "Taiteiden Yö". Nesse dia encontrei com Lu às 17h em Helsinki, andamos um pouco por lá e vimos uma exposição de fotografias na rua. A cidade estava cheia de gente. Mais ou menos às 18h15 fomos para frente do Parlamento esperar a apresentação do Strange Fruit. Todo mundo queria ver essa apresentação. O lugar começou a encher e encher, encheu tanto que o trânsito na frente do Parlamento parou para dar mais espaço para o público. Foi impressionante, nunca tinha visto tanta gente assim em Helsinki.
O Strange Fruit é um grupo de 6 dançarinos que passam a apresentação toda dançando em cima de uma haste flexível presa no chão. Na apresentação que vimos eles dançaram, giraram e balançaram o tempo todo. Às vezes, eles interagiam com o público, sorte que conseguimos ficar bem perto deles e foi possível ver todos os movimentos e as expressões que eles faziam com o rosto. Às vezes, quando eles se balançavam muito, dava impressão que eles iriam cair, mas ainda bem que eles estavam bem presos e nada grave aconteceu. O show é bem teatral, foi bem bonito, nunca tinha visto nada igual. Depois encontramos com Cássio, Patrícia e Gustavo (colega de Cássio que estava aqui trabalhando para uma empresa terceirizada na Nokia). Caminhamos até a Baía de Tööllö, tinha muita gente lá e muito mosquito também. Estávamos morrendo de fome, por isso decidimos voltar para o Kamppi e comer alguma coisa. Chegando no Kamppi, comemos no Chico's e depois resolvemos dar uma última volta pelo centro. No meio do caminho vimos uma banda de blues se preparando para tocar, ficamos até começarem, ouvimos boa parte do show e depois fomos embora, não vimos o show terminar. Ficamos em pé o tempo todo, já não aguentava mais ficar em pé, minhas pernas doíam. Sei não, mas são nessas horas que sinto a velhice chegando. Depois do show voltamos para casa.
Foi uma noite bem diferente das outras que passamos por aqui, mais animada, mais viva. Foi a primeira vez que senti a cidade viva de verdade com muita gente passeando e com muitos eventos acontecendo ao mesmo tempo. Adorei!


Strange Fruit balançando e dançando


Strange Fruit dançando e balançando


Strange Fruit interagindo com o público


Flores em Tööllö


Banda de Blues

segunda-feira, agosto 13, 2007

Verão na Finlândia

Minhas férias acabaram na semana passada. O módulo 3 do curso de finlandês começou no dia 06 de Agosto. Por enquanto, estamos revisando os principais assuntos dos módulos passados, então está tranqüilo, se é que isso é possível. :p
Justamente quando as minhas férias acabam, o verão aparece. A semana passada e o fim de semana foi de céu claro, muito sol e pouco vento. A temperatura está variando de +25°C a +30°C, vocês conseguem imaginar isso? É uma delícia!
Com essa temperatura, conseguimos até mesmo entrar no mar. Na última vez que vi a temperatura da água no quadro que fica na praia, a temperatura estava +20°C. Não é desagravél, pelo contrário é uma sensação refrescante se o dia tiver fazendo muito sol.
Durante essa semana, não ficamos em casa, é claro. Na terça-feira, 7 de Agosto, fomos para uma ilha próxima de Helsinki, chamada Pihlajasaari. Uma maravilha, muitas árvores, tudo limpo e silêncio. A praia tem areia, não é que nem a maioria das praias por aqui que ao invés de areia tem terra misturada com pedrinhas. Entretanto, escolhemos uma pedra bem grande para ficarmos tomando sol e fazermos o nosso piquenique, é a melhor opção, tudo fica limpo e o sol frita a gente com força, como se a gente estivesse em uma frigideira de pedra. Experimentem, é muito bom!
Fomos com Sanna, Hanna (amiga de Sanna de muito tempo), Patrícia, Cássio, André (carioca, amigo de Cássio, que estava aqui durante 1 semana, ele trabalha para uma empresa terceirizada da Nokia), Sabrina, Larissa (irmã de Sabrina) e os pais delas, Elizabete e Luis (vieram passar férias aqui na Finlândia). Fizemos um piquenique e Lu levou o violão. Pena que não ficamos lá muito tempo. Eu encontrei com Sanna e Hanna às 17h15 no porto de onde o barco sai. No entanto, só fui para a ilha às 19h. Fiquei esse tempo todo esperando Lu.
Isso aconteceu porque nesse mesmo dia, o chefe de Lu mandou todo mundo para praia, porque o dia estava muito bom para ficar dentro do escritório. Só aqui para acontecer isso. Rápido a gente aprende a aproveitar ao máximo os dias de sol, pois depois sabemos que só teremos chuva e escuridão. Então, os finlandeses se programam para sair mais cedo do trabalho e aproveitar mais os dias de calor e sol nas praias e nos parques.
Voltando a história, fiquei o tempo todo esperando Lu, não porque ele foi a praia com os amigos do trabalho, mas porque ele tinha esquecido o horário. Aqui 18h não fica escuro então ele achou que ainda estava cedo. Para piorar ele tinha deixado o celular dentro do violão. Enquanto eu esperava, ele estava na praia jongando vôlei e freesbie com os amigos do trabalho e tomando cerveja por conta da empresa. Que beleza, hein?
Quando ele percebeu que já estava tarde, pegou o celular, viu que eu tinha ligado umas 50 milhões de vezes e me ligou pedindo milhões de desculpas. É claro que na hora fiquei muito zangada, mas depois foi passando, tinha que relevar e curtir o pouco de sol que ainda teríamos naquele dia. Tirando essa espera, o dia foi ótimo e muito lindo, voltamos no último barco que saiu de lá às 21h.


Eu, Sanna e Hanna em Pihlajasaari


A galera tomando sol em Pihlajasaari


Lu tocando violão em Pihlajasaari

Nos outros dias da semana, fiquei em casa dormindo com preguiça de ir na praia sozinha. Na sexta-feira, fui na praia com Patrícia, pegamos muito sol e tomamos banho de chuveiro. É isso mesmo, tomamos banho de chuveiro. A água do mar está cheia de algas, chamadas sinilevä, a água fica turva, verde, paracendo que está cheia de lodo. Até aí sem problemas, o problema foi quando uma finlandesa nos explicou que essas algas podem fazer mal para os olhos, a pele e barriga se você engulir sem querer. Por causa desse terrorismo optamos pelo chuveiro, que tinha uma água muito, muito fria. Depois desse banho sofrido, voltamos para o sol e o frio passou rapidinho. Mais tarde, Cássio chegou, ficamos mais um pouco e voltamos para casa.
No sábado, 11 de Agosto, acordamos cedo, às 8h30, e às 9h30 fomos pegar o ônibus para o porto em Haukilahti, onde sai o barco para Iso Vasikkasaari, uma ilha em Espoo. Encontramos com Cássio e Patricia no ponto de ônibus e depois, Sanna no porto. Quando chegamos na ilha, pegamos um mapa na cafeteria que fica na entrada da ilha e fomos para a praia. Escolhemos um lugar em cima das pedras e ficamos lá tomando sol, comendo frutas e conversando. Quando já estávamos bem quentes, eu, Sanna e Patricia fomos tomar um banho no mar. A água estava com sinilevä, mas não tinha muito, em alguns lugares até estava limpa, só quando passávamos o pé no fundo que as algas desgrudavam e viam para superfície. A manha era mergulhar sem tocar o pé no fundo. A temperatura da água estava fria (não congelada), não sei quantos graus exatamente, mas estava fria. Desagradável é o primeiro mergulho, depois disso, a água fica uma delícia. Depois da gente, Cássio e Lu vieram.
É claro que não posso deixar de registrar a queda de Cássio. hihihihi...
Ele não queria se molhar, entrou, molhou só as pernas e já estava saindo do mar, quando eu disse "volta lá que eu ainda não tirei foto de você no mar". Ele virou de costas, colocou um pé, esse escorregou no lodo, o outro não conseguiu apoiar e ele foi caindo meio de lado, meio de bunda, muito esquisito e engraçado ao mesmo tempo. Ainda bem que ele não se machucou e pena que eu ainda estava preparando a câmera e não tive tempo para tirar a foto da queda. Depois do banho no mar, fomos fazer makkaras e tomar sol em outra pedra mais próxima da churrasqueira. Em vários lugares na Finlândia, você não pode fazer fogueiras, evitando assim incêndios nas florestas, por isso o governo disponibiliza churrasqueiras e madeiras (já cortadas) nesses lugares e todo mundo usa a mesma grelha e churrasqueira.
Comemos makkaras com pão e tomamos suco. Foi uma delícia. Depois disso, fomos buscar outro lugar para ficar, pois esse lugar estava muito, muito quente e sem vento nenhum. Caminhamos até o restaurante e tomamos sorvete. Lá encontramos com Flávio e Carol e depois voltamos para o primeiro lugar que estávamos tomando sol. Chegando lá, tomamos mais sol, conversamos muito e tomamos banho de mar de novo. Perto do horário do barco sair da ilha e voltar para Haukilahti, passamos na cafeteria e depois fomos para fila para pegar o barco.
No caminho para a cafeteria, resolvi passar no banheiro. Patricia já tinha me dito que o banheiro era horrível, mas eu ainda não tinha experimentado. Logo que abri a porta, senti um cheiro de xixi, de cocô, de serragem, de sujeira, tudo junto. Aff, horrível mesmo! Mas como estava apertada para fazer xixi (ainda bem que era xixi e o processo é bem rápido) não tinha como ir para outro lugar, talvez no meio do mato, mas seria um tanto quanto selvagem de mais. Entrei. Fiz meu xixi e depois peguei um pouco de serragem que tinha no balde do lado da "latrina" e joguei no buraco. O banheiro não é encanado, tem o acento de banheiro (para enganar os bestas), mas não tem água corrente, as coisas são feitas em um buraco e depois a pessoa joga serragem por cima. Depois vem alguém que tira isso de lá e usa como adubo. Coitada dessa pessoa, já deve ter visto cada coisa nojenta. Patricia disse que esse tipo de banheiro é comum nas casas de campo dos finlandeses, que se é uma verdadeira kesämöki (casa de campo) tem que ter esse banheiro. Eca! Tudo bem, é um banheiro ecologicamente correto, mas se você é o dono da casa, é você que terá que tirar as coisas todas de lá e usar como adubo. Imagine que horror!
Enfim, voltando ao barco para Haukilahti, esperamos um pouco, logo apareceu o barco e voltamos para Haukilahti. Depois passamos na casa de Flávio e Carol, Lu e Cássio ajudaram a subir com a máquina de lavar roupas para o apartamento deles. Tomamos café e comemos mais algumas coisinhas. Sucesso foi o bolo de carne moída com arroz de Carol, hummm...estava uma gostosura. Ficamos conversando até 23h e voltamos para casa. Esse dia foi um verdadeiro dia de verão, longo, quente e maravilhoso. :)


Chegando em Iso Vasikkasaari


Entrada da cafeteria em Iso Vasikkasaari


Iso Vasikkasaari


Sanna, eu, Cássio e Patricia tomando sol


Eu e Patricia no mar em Iso Vasikkasaari


Patricia, Lu e Cassio no mar em Iso Vasikkasaari


Restaurante em Iso Vasikkasaari


Patricia, Cássio, Lu, Carolina e Flávio "batendo altos papos"


"Fazendo hora" na cafeteria

No domingo, ficamos em casa, fizemos um macarrão à bolonhesa, descansamos e depois fomos ver Harry Portter no cinema com Cássio e Patricia. O filme não foi lá muito bom, mas as companhias foram ótimas e as pizzas pós-filme estavam deliciosas!
Hoje, mais uma semana começa e o sol já apareceu com força. Tomara que continue assim. :)