No sábado passado eu e Lu fomos no Gigantti e compramos uma sanduicheira e um roteador wireless. Estamos usando bastante a sanduicheira, acho que se tivessemos uma lista de prioridade, ela seria o primeiro eletrodoméstico a ser comprado, antes do liquidificador, batedeira e cafeteira. É muito bom ter sanduíche quente todo o dia, a qualquer hora e bem rapidinho.
O roteador wirelles também é muito útil por dois motivos. Primeiro nos livraremos do imenso cabo que liga o computador ao modem, já que a conexão entre o computador e o roteador será estabelecida por um adaptador wireless USB (parece com um pendrive). Segundo usaremos o N770 e o N800 para navegar na internet em qualquer lugar da casa. É uma maravilha, antes só um podia ficar na internet agora eu e Lu podemos ficar ao mesmo tempo, eu no computador e ele no N770 (ou no N800) ou vice-versa. O único detalhe que ainda não está funcionando no nosso computador, Lu passou o domingo todo tentando resolver, cada vez que ele resolvia um problema aparecia outro. De noite ele conseguiu colocar para funcionar, só que a performace estava muito ruim, às vezes carregava uma página, outras vezes, não. Foi frustante! Enquanto esse problema não for resolvido, voltamos com a conexão a cabo mesmo, direta e eficiente. Testamos no N770 e está funcionando perfeitamente. Então, caso você visite a gente e queira trazer seu computador/notebook/sei-lá-o-que com suporte a wireless para acessar a internet, não terá problema nenhum. Massa, né? Agora você não tem mais desculpas para não nos vistar.
No sábado de noite, fomos jantar na casa de Marina e Edu, eles nos convidaram para um jantar brasileiro. Eu e Lu acessamos o site YTV (guia de transporte) para sabermos que ônibus pegar e onde pegar. Percebemos que o ponto indicado pelo YTV, nós conhecíamos muito bem, quer dizer, não conhecíamos, pois nunca encontramos. As duas vezes que nos perdemos tentando encontrar um ponto foi nesse lugar. Então resolvemos pedir mais detalhes para Marina e Edu, mas, infelizmente, eles não sabiam onde ficava o tal ponto. Sanna também ia para o jantar, então combinamos com ela para nos encontrarmos no Kamppi. Eu nem me preocupei em levar endereço, mapa do YTV, nada, confiamos em Sanna cegamente. Quando chegamos no Kamppi descobrimos que não encontrávamos tal ponto porque o maldito fica no subterrâneo (embaixo da estação do Kamppi). Quem poderia imaginar? O site não dá nenhuma dica.
Depois de uns 10 minutos, Sanna chegou. Ela tinha impresso o mapa do YTV, mas na verdade ela estava confiando cegamente no motorista do ônibus, por consequência, eu e Lu também estávamos confiando cegamente nele. É claro que todo motorista de ônibus conhece as ruas por onde ele passa e algumas ruas vizinhas. Infelizmente, descobrimos que nem todos conhecem. O motorista do ônibus que pegamos era estrangeiro e portanto não sabia onde nós deveríamos descer. Agora estávamos sem a mínima noção para onde estávamos indo, a única coisa que sabíamos era a duração da viagem até a casa de Marina e Edu. Abstraímos esse detalhe e fomos curtindo a viagem conversando, conversando e conversando, até que olhamos o relógio e achamos que estava na hora de descer do ônibus.
Descemos em um lugar longe de tudo, não tinha nada por perto, nada mesmo. Imagine um trecho da Paralela que não tem nada, não tem prédio, posto de gasolina, casa, nada. Imagine você lá sozinho, sem saber para onde você anda, está de noite, você não será assaltado (ou outra coisa do gênero), o lugar é seguro, mas você corre o risco de morrer congelado (fazia -15ºC). Não podíamos ficar parados, tínhamos que encontrar um nome de alguma rua, ligar para Edu e pedir para ele vir buscar a gente. Andamos um pouco, tentamos fazer um carro parar para nos dar alguma dica de onde nós estávamos, mas ele não parou e continuamos andando. Na verdade não é exatamente igual a Paralela, a gente estava em um lugar que tinha uma rua interna (2 mãos sem divisória) mas não era movimentada, do lado dessa rua tem 2 ruas iguais as ruas da Paralela (com divisória), com bastante carros e uma grade que não permite que tivessemos acesso a elas. Depois de uns 15 minutos andando, achamos uma placa com o nome de uma rua e imediatamente ligamos para Edu. Já estávamos congelando, eu não sentia mais os dedos dos meus pés, deixei a torta de maçã que estava levando no chão, pois precisava aquecer minhas mãos. Edu já tinha saído de casa de carro e estava indo nos salvar. Depois de 15-20 minutos virando picolé, Edu nos encontrou, graças ao GPS que ele tinha no carro e nos falou que estávamos a 15km da casa dele. Muito longe, erramos feio! Enfim, tudo é aprendizado.
Chegamos na casa de Marina e Edu, falamos com Marina, conhecemos Veijo e Rosa, comemos alguns salgadinhos e fomos nos aquecer um pouco. Seguimos a dica de Sanna deixamos os nossos pulsos por alguns instantes na água (corrente) quente e a nossa circulação faz o resto, nos aquecemos bem rapidinho, funciona mesmo! Depois chegaram Matti, Shyrlei e Linda, a filhinha de Matti. Rosa e Shyrlei são do Rio de Janeiro, Matti, Veijo e Linda são daqui, é claro, o nome não engana. :)
O jantar foi maravilhoso, teve capirinha, feijão, arroz, farofa, salada e galinha. Muito bom, muito bom mesmo! Conversamos bastante, rimos muito, falamos sobre a Finlândia, sobre o Brasil, enfim, foi muito divertido. Saímos a meia-noite, Edu e Marina nos ofereceram carona para o Kamppi e é claro que nós (eu, Lu e Sanna) aceitamos. Do Kamppi, eu e Lu pegamos um ônibus para nossa casa e Sanna foi para outra festa com uma amiga dela.
Shyrlei e Matti, Edu e Marina,
Veijo e Rosa, Lu e eu, Sanna. (da esquerda para direita)

Mesa do jantar
Em encontros como esses que nós conhecemos um pouquinho mais de cada um. Façam isso na casa de vocês, convidem seus amigos para um café, almoço, jantar ou para ver um filme, eles irão conhecer a sua casa, a sua família e vocês entenderão o que eu estou dizendo.
Infelizmente, vou ter que párar de escrever para estudar finlandês, senão chego amanhã na aula sem entender uma lasca do que a professora diz. :)