terça-feira, fevereiro 27, 2007

Jantar brasileiro na casa de Marina e Edu

Hoje a aula de finlandês foi muito cansativa e difícil. Para arejar um pouco a minha cabeça, depois da aula fui almoçar com Lu, na verdade só eu almocei, pois nos encontramos às 14h30 e ele já tinha almoçado, é claro. Todos os dias, acordo às 7h da manhã (às 7h30 já está clareando), vou para a aula de finlandês, fico das 8h30 às 14h no curso, chego em casa, tomo um banho quente para me aquecer, faço (e como) meu almoço e depois começo a estudar. Hoje resolvi mudar minha rotina, minha cabeça ainda está cansada, o almoço com Lu aliviou um pouco mas não o suficiente para sentar na cadeira e estudar. Hoje vou escrever no blog, já que faz muito tempo que não escrevo e depois estudo. Pronto!
No sábado passado eu e Lu fomos no Gigantti e compramos uma sanduicheira e um roteador wireless. Estamos usando bastante a sanduicheira, acho que se tivessemos uma lista de prioridade, ela seria o primeiro eletrodoméstico a ser comprado, antes do liquidificador, batedeira e cafeteira. É muito bom ter sanduíche quente todo o dia, a qualquer hora e bem rapidinho.
O roteador wirelles também é muito útil por dois motivos. Primeiro nos livraremos do imenso cabo que liga o computador ao modem, já que a conexão entre o computador e o roteador será estabelecida por um adaptador wireless USB (parece com um pendrive). Segundo usaremos o N770 e o N800 para navegar na internet em qualquer lugar da casa. É uma maravilha, antes só um podia ficar na internet agora eu e Lu podemos ficar ao mesmo tempo, eu no computador e ele no N770 (ou no N800) ou vice-versa. O único detalhe que ainda não está funcionando no nosso computador, Lu passou o domingo todo tentando resolver, cada vez que ele resolvia um problema aparecia outro. De noite ele conseguiu colocar para funcionar, só que a performace estava muito ruim, às vezes carregava uma página, outras vezes, não. Foi frustante! Enquanto esse problema não for resolvido, voltamos com a conexão a cabo mesmo, direta e eficiente. Testamos no N770 e está funcionando perfeitamente. Então, caso você visite a gente e queira trazer seu computador/notebook/sei-lá-o-que com suporte a wireless para acessar a internet, não terá problema nenhum. Massa, né? Agora você não tem mais desculpas para não nos vistar.
No sábado de noite, fomos jantar na casa de Marina e Edu, eles nos convidaram para um jantar brasileiro. Eu e Lu acessamos o site YTV (guia de transporte) para sabermos que ônibus pegar e onde pegar. Percebemos que o ponto indicado pelo YTV, nós conhecíamos muito bem, quer dizer, não conhecíamos, pois nunca encontramos. As duas vezes que nos perdemos tentando encontrar um ponto foi nesse lugar. Então resolvemos pedir mais detalhes para Marina e Edu, mas, infelizmente, eles não sabiam onde ficava o tal ponto. Sanna também ia para o jantar, então combinamos com ela para nos encontrarmos no Kamppi. Eu nem me preocupei em levar endereço, mapa do YTV, nada, confiamos em Sanna cegamente. Quando chegamos no Kamppi descobrimos que não encontrávamos tal ponto porque o maldito fica no subterrâneo (embaixo da estação do Kamppi). Quem poderia imaginar? O site não dá nenhuma dica.
Depois de uns 10 minutos, Sanna chegou. Ela tinha impresso o mapa do YTV, mas na verdade ela estava confiando cegamente no motorista do ônibus, por consequência, eu e Lu também estávamos confiando cegamente nele. É claro que todo motorista de ônibus conhece as ruas por onde ele passa e algumas ruas vizinhas. Infelizmente, descobrimos que nem todos conhecem. O motorista do ônibus que pegamos era estrangeiro e portanto não sabia onde nós deveríamos descer. Agora estávamos sem a mínima noção para onde estávamos indo, a única coisa que sabíamos era a duração da viagem até a casa de Marina e Edu. Abstraímos esse detalhe e fomos curtindo a viagem conversando, conversando e conversando, até que olhamos o relógio e achamos que estava na hora de descer do ônibus.
Descemos em um lugar longe de tudo, não tinha nada por perto, nada mesmo. Imagine um trecho da Paralela que não tem nada, não tem prédio, posto de gasolina, casa, nada. Imagine você lá sozinho, sem saber para onde você anda, está de noite, você não será assaltado (ou outra coisa do gênero), o lugar é seguro, mas você corre o risco de morrer congelado (fazia -15ºC). Não podíamos ficar parados, tínhamos que encontrar um nome de alguma rua, ligar para Edu e pedir para ele vir buscar a gente. Andamos um pouco, tentamos fazer um carro parar para nos dar alguma dica de onde nós estávamos, mas ele não parou e continuamos andando. Na verdade não é exatamente igual a Paralela, a gente estava em um lugar que tinha uma rua interna (2 mãos sem divisória) mas não era movimentada, do lado dessa rua tem 2 ruas iguais as ruas da Paralela (com divisória), com bastante carros e uma grade que não permite que tivessemos acesso a elas. Depois de uns 15 minutos andando, achamos uma placa com o nome de uma rua e imediatamente ligamos para Edu. Já estávamos congelando, eu não sentia mais os dedos dos meus pés, deixei a torta de maçã que estava levando no chão, pois precisava aquecer minhas mãos. Edu já tinha saído de casa de carro e estava indo nos salvar. Depois de 15-20 minutos virando picolé, Edu nos encontrou, graças ao GPS que ele tinha no carro e nos falou que estávamos a 15km da casa dele. Muito longe, erramos feio! Enfim, tudo é aprendizado.
Chegamos na casa de Marina e Edu, falamos com Marina, conhecemos Veijo e Rosa, comemos alguns salgadinhos e fomos nos aquecer um pouco. Seguimos a dica de Sanna deixamos os nossos pulsos por alguns instantes na água (corrente) quente e a nossa circulação faz o resto, nos aquecemos bem rapidinho, funciona mesmo! Depois chegaram Matti, Shyrlei e Linda, a filhinha de Matti. Rosa e Shyrlei são do Rio de Janeiro, Matti, Veijo e Linda são daqui, é claro, o nome não engana. :)
O jantar foi maravilhoso, teve capirinha, feijão, arroz, farofa, salada e galinha. Muito bom, muito bom mesmo! Conversamos bastante, rimos muito, falamos sobre a Finlândia, sobre o Brasil, enfim, foi muito divertido. Saímos a meia-noite, Edu e Marina nos ofereceram carona para o Kamppi e é claro que nós (eu, Lu e Sanna) aceitamos. Do Kamppi, eu e Lu pegamos um ônibus para nossa casa e Sanna foi para outra festa com uma amiga dela.


Shyrlei e Matti, Edu e Marina,
Veijo e Rosa, Lu e eu, Sanna. (da esquerda para direita)



Mesa do jantar


Em encontros como esses que nós conhecemos um pouquinho mais de cada um. Façam isso na casa de vocês, convidem seus amigos para um café, almoço, jantar ou para ver um filme, eles irão conhecer a sua casa, a sua família e vocês entenderão o que eu estou dizendo.
Infelizmente, vou ter que párar de escrever para estudar finlandês, senão chego amanhã na aula sem entender uma lasca do que a professora diz. :)

9 comentários:

Teea disse...

Oi Carol,
Parece ter sido legal no sábado em casa de Marina e Edu, pena que perdi esse jantar. Mas não sinto inveja da sua "viagem" até lá, rsrs. Já senti tanto frio no caminho de estação para casa (uns 5 minutos) que tive que aquecer sauna (e isso foi hoje/agora, com menos graus negativos já).
Seus estudos devem cansar mesmo, os dias são bem longos. Mas não se esqueça de descansar quando for preciso, almoçar fora como hoje etc, ok?
Beijos para vc e Lu, se cuide

Anônimo disse...

Ei Carol,

este negócio de tecnologia é complicado... Se quiser uma ajuda para configurar o wireless no n800 o Leleo pode te ajudar, desiste que Lulu não tá dominando o esquema. hehe brincadeira!

beijos, saudade de vocês

João Lacerda

Mauricio Vieira disse...

hehehe, descer na doida sem saber onde tá é massa. espero que vc faça isto no verão, quando não tem problema com o frio, e já estiver falando bem finlandes. eu faria isto, ou andaria muito à pé, só pra conhecer.

parecem ser mto bons estes jantares, jona. mas sinceramente, acho mto formal. pra eu marcar um jantar destes só em aniversário, ou despedida... por sinal, já tou pensando no meu caruru de chegada, vai ser em abril, espero.

beijos.

Pata disse...

Oi Carol!
Nossa, deu água na boca, hummm!

Faz tempo que não como feijão, estou pra ir comprar em Hakaniemi há um tempão, mas nunca vou.

Eu adoro esses jantares com amigos, é muito bom. Principalmente, qdo a gente está morando longe da família.

Mas não fique triste com a aventura de vcs na neve, pq acho que a maioria dos estrangeiros já passou por isso. Eu e Cas tb já passamos por cada uma... Agora sempre vemos muito bem o caminho antes de sair de casa.

Bjs

Anônimo disse...

Ei, Cá!

Menina, que aventura, quanta confusão! Inevitável, memorável. Felizmente, o prêmio estava ainda lá quando ao final da jornada: boa comida, boas pessoas, um lugar quentinho para se acolher, boas recordações e um novo post. Aleluia!

Por aqui (por aqui, repito), um sol da pêga. Não dá, eu quero um clima mais ameno. De SSA, no domingo, Marcos Camada em início de mestrado na UFSC. Mais um bahiano por terras tupi-mediterrâneas.

Pela ausência de notícias, supunha uma rotina estafante. Não deu outra: o álibi deste meu comentário (por transitividade) foi a sua aula de finlandês.

Sei que Lu estará pelo Brasil durante o FISL [1] (tem até uma foto dele na lista seleta de palestrantes, uau!). Mas, e você? Serão os dois, né?

[1] http://fisl.software.org

O dia apenas começa por aqui. Vamos ao dia.

Beijo grande aos dois, suerte (como dizem os argentinos) e "ramo" que "ramo"!

É isso,
Wagner - Fpolis, SC, BR, 01.03.2007, 9h27.

Anônimo disse...

Carol que aventura. Já fiz muitas dessas em Curitiba, mas a temperatura não era tão baixa. Encontro com amigos é sempre muito bom e voces adoram vazer isso. Comida é com voce mesmo e o finlandes tem que dá um tempo para cabeça.
Beijos para os dois se cuidem
Ana Rodarte

Vinicius disse...

Vai mutcho dodjos! huehueheu
Aventuras são sempre legais. Na hora assusta mas depois rende uma boa história pra contar, rs!
Saudades demais de vcs!

beijosssss

Anônimo disse...

Oi Cá, esse post foi muito engraçado, tava rindo alto aqui na Colibre rsrsr
Eu até senti meus joelhoes doento por conta desse frio que voc disse que passou nessa aventura hahahaha

Beijos

Mauricio Vieira disse...

Nunca mais escreveu...

Mandem notícias de vocês.
Beijos,