quinta-feira, dezembro 14, 2006

Mercados de imigrantes (1)

Pensei muito sobre a sugestão de Eulina e concordei com ela, quando eu escrever de mais em um post, vou dividi-lo em partes e durante a semana vou tentar escrever diariamente. Como esse post ficou grande, vou dividi-lo em dois. Vai ser bom, todo mundo vai ficar curioso para saber como terminou. :) Então, vamos lá.
Ontem depois de almoçar com Lu, fui sozinha para Hakaniemi, um bairro de Helsinki, para conhecer os tão famosos mercados de imigrantes onde se acha tudo.
Não gosto de sair sozinha, mas mesmo assim fiz um esforço e fui sozinha mesmo. Aproveitei o ticket do ônibus para pegar o metrô de Ruoholahti (outro bairro de Helsinki) para Hakaniemi.
Eu fico sempre impressionada quando desço a escada rolante da estação de metrô de Ruoholahti, parece que estou indo para o centro da Terra, é a maior escada rolante que já vi na minha vida.
Aqui existe uma regra implícita para escadas e pistas rolantes, se você não está com pressa fique encostado à direita e deixe um espaço para as pessoas mais apressadas passarem. Se você estiver acompanhado e não tiver com pressa, eu sugiro que fiquem um de frente para outro e não um do lado do outro. Isso é eficiente mesmo, ninguém te empurra, você não atrapalha ninguém e todo mundo fica feliz! Percebi que as pessoas faziam isso por aqui e para não levar nenhum empurrão ou ouvir um "dá licença" em finlandês, eu e Lu começamos a seguir essa regra também.
Depois dessa observação importante sobre a regra das escadas e pistas rolantes, vou voltar do ponto que parei, eu no metrô. Logo que saí da escada rolante, chegou o metrô e lá fui eu andando/correndo para entrar e pegar uma cadeira que ficasse estrategicamente perto do percurso que o metrô faz. Não queria passar da estação. Durante a viagem, não tirava o olho das placas que passavam junto com as estações e conferia com o percurso do metrô. Até que chegou a estação de Hakaniemi e saltei, foi uma viagem bem rápida.
Acho que é muito difícil uma pessoa perder sua estação dentro do metrô, mas tudo é possível. Caso você perca a sua estação, é só sair na próxima estação que o metrô parar e pegar um metrô voltando, simples assim.
Sai do metrô meio sem saber para onde eu tinha que andar, vi uma placa indicando a rua que eu estava indo, peguei as escadas rolantes e cheguei na saída. A primeira coisa que vi foi uma praça com algumas barraquinhas. Vi que tinha uma barraca que vendia uns escovões e outras coisas. Na verdade fui andando em direção a barraca hipnotizada pelos escovões, nem vi os outros produtos. O nosso sofá precisava de algumas escovadas, desde o dia que chegou aqui não tinha feito isso pois não tinha como limpá-lo. Perguntei o preço para a velhinha que estava vendendo, ela não sabia falar inglês, mas entendeu a pergunta e apontou para o preço escrito a lápis do lado da escova (€6). Na hora não achei cara, mas dois segundos depois com a escova em uma mão e o dinheiro na outra, eu achei cara, mas era tarde de mais, ela já estava me dando o troco. Como eu disse estava hipnotizada e atordoada com aquele lugar novo e diferente para mim.
Peguei o meu mapa e fui em direção a uma esquina para saber em que rua eu estava. Mas antes de chegar na esquina, vi que algumas pessoas saiam e entravam em um prédio grande vermelho e antigo. Pensei "vou ver o que tem lá dentro".
Esse prédio é um mercadão, tipo o SEASA, mas é todo fechado. No primeiro andar vendem-se comidas, temperos, queijos, carnes, peixes, doces e outras coisas que não consegui identificar. No segundo andar, roupas, enfeites, chaveiros, cartões de Natal e outros tipos de artesanato. Ao lado dessas lojinhas tinha uma da Marimeko, estranho, né? Uma loja tão cara naquele mercadão, muito estranho.
Fiz um tour rápido pelo mercadão, não comprei nada, saí e fui atrás das famosas lojas de imigrantes que tem lá por perto.
Primeiro precisava confirmar se eu estava na rua certa, fui até uma esquina e vi Hämeentie. Estava na rua certa. Foi muita sorte sair do mercado pela porta certa, já que existem várias portas de saída. Eu confesso que fiquei meio perdida lá dentro, com tantos produtos, barracas, portas e escadas, mas consegui sair no lugar certo.
Estava na rua certa, então fui andando devagar, olhando para cada loja, à procura dos famosos mercados de imigrantes.
Vou dar uma pausa aqui, no próximo post eu continuo contando como terminou a minha saga. Fica aí o suspense...

4 comentários:

Anônimo disse...

Primeiro! (eu tinha que ganhar pelo menos uma, concordam?)

Cá, depois eu coloco algum comentário que preste. hauehauehauehau

Anônimo disse...

Este é pra Vinícius: VÁ ESTUDAR!!!

Anônimo disse...

Eu estou de férias otáru!
HA HA HA HA!
Vá escrever sua porra!

Bom, kerol, estou ansioso para saber onde terminar o seu percurso em meio as feiras repletas de loucos estrageiros faladores de suominês.
Passear sozinho é meio chato mesmo. Estou tentando me animar pra ver algum filme nesse fds.

beijosssssssssss

Teea disse...

Adorei ler este post, admiro a sua coragem. Acho que nessa maneira vai aprender muito da "cultura" finlandesa, da vida aqui, pouco a pouco.
E pode crer que aqui já espero seu próximo post ;)
Beijos e boa sexta & bom final de semana!