terça-feira, dezembro 19, 2006

Presentes e encontro na casa de Sanna

Como ontem tivemos muitas novidades, achei melhor escrever hoje sobre o nosso fim de semana.
No sábado a gente ia visitar o zoológico de Helsinki, só que acordamos tarde às 11h. Aqui anoitece cedo e por isso não daria para a gente conhecer com calma todo o zoológico. Então, deixamos esse passeio para um outro dia. Saímos de casa às 12h e fomos no Gigantti, uma loja que vende eletrodomésticos, celulares, computadores, TVs e outros coisas eletrônicas. Compramos um headphone para Lu, é um dos presentes de Natal que darei a ele. Vocês podem estar pensando que desse jeito ele já vai saber qual será o presente que ele vai ganhar sem surpresa alguma. Vocês estão certos. Fizemos isso porque descobrimos que ainda não estamos com cabeça para comprar presentes, preferimos facilitar. Então combinamos assim, cada um compra um presente que o outro já sabe e quer nesse Natal e compra mais um presente surpresa menor e baratinho. Não sei se iremos acabar com todo o encanto do Natal transformando os presentes em algo tão pragmático, mas esse ano, como eu já disse, preferimos facilitar.
Além do headphone, compramos também um liquidificador e uma batedeira, foram presentes de Lu para mim, mas esses eu posso usar imediatamente, não vou precisar esperar o Natal para abrir. Depois dessas compras todas, passamos no Iso Omena para almoçar no Chico's. A comida que eu pedi era meio sem sal, sem graça, a de Lu, era boa só que veio pouca comida para o preço que pagamos. Não foi um almoço maravilhoso, mas pelo menos aprendemos quais são os pratos que não devemos pedir de novo.
Voltamos para casa, Lu ficou programando no EOG (Eye of GNOME), um visualizador do GNOME que ele mantém, e eu fiquei arrumando uns papéis e meus livros de receitas. Depois fomos ver um filme "Caminho para Guatánamo", o título original é "The Road to Guantanamo". Pegamos o filme e a legenda na internet, vimos no computador mesmo deitados no sofá (muito melhor do que as cadeiras desconfortantes). O filme é um documentário daqueles que incomoda, quase não dormir depois que o vi. Fiquei meio engasgada, com vontade de mudar o mundo, sair de casa e poder ajudar em alguma coisa, que não sei nem como e nem onde começar. Desde o colégio fazia trabalhos sociais voluntários e na universidade participava de projetos sociais de inclusão digital. Sinto falta disso na minha vida, vou tentar procurar algo desse tipo por aqui, acho que não podemos é ficar parados sem ajudar em alguma coisa, mesmo que seja pequena. Para vocês ficarem com vontade de assistir o filme, vou colocar aqui a sinopse.
Sinopse de "Caminho para Guatánamo": História real de três cidadãos britânicos seguidores do islamismo viajam ao Paquistão para um casamento e acabam na prisão norte-americana de Guantánamo. Lá ficam presos por dois anos sem serem acusados de crime algum.
Se você se revolta com injustiças e guerras em geral, eu sugiro que assista quando estiver se sentindo bem com você, porque é um filme forte, mas vale à pena assistir. Depois do filme, ficamos um bom tempo sem dormir, até que nos cansamos de ficar acordados e dormimos.
No domingo acordamos tarde às 11h, preparei feijão com arroz para o almoço. Logo depois do almoço, Lu ficou programando no EOG, pois tinha algumas pendências importantes para fazer, eu fui no supermercado comprar os ingredientes para o encontro na casa de Sanna. Eu tinha combinado com Sanna que levaria uma torta de espinafre. Sanna é vegetariana e por isso substitui o caldo de galinha por caldo de legumes. Voltei para casa e comecei a preparar a torta. A tensão estava na hora que eu colocasse a ricota, esse momento iria definir se a torta ficaria salgada, como da outra vez, ou não. Coloquei um pouquinho de caldo de legumes para não ficar muito salgada e depois acrescentei a ricota ao refogado de espinafre e cebola. Mexi. Provei e pedi para Lu provar. Estava um pouco salgada, não estava como da outra vez, mas deu para comer sem sentir tanta cede. Da próxima vez posso diminuir a quantidade de ricota, assim o sal diminui também. Terminei de fazer a torta e coloquei no forno para assar. Ficou bem bonita, estava prontinha para levar.
Saímos às 18h40, o encontro estava marcado para 19h30 na casa de Sanna em Helsinki, chegamos lá às 19h20, eu acho. Teea já estava lá e o cheiro do "joulutorttu" estava pela casa toda (joulu é natal e tortuu é pastel, ou seja, um pastel doce típico de Natal). Que cheiro bom! A sala tinha algumas velas que davam um clima bem aconchegante. Tiramos nossos sapatos, casaco, cachecol, gorro e luva. Ufa! Quanta coisa!
Ficamos conversando com Teea e Sanna sobre viagens, músicas, inverno e outras coisas mais. Depois Marina e Eduardo chegaram para completar a festa. Marina e Eduardo, casal amigo de Sanna, são paulistas e já estão morando aqui na Finlândia há 1 ano. São pessoas muito gentis e atenciosas. Eduardo veio para cá sem saber inglês e sem emprego, veio acompanhar Marina que foi transferida do Brasil para a Finlândia. Foi bom conhecê-lo, ele passou pelos mesmos problemas que eu estou passando agora. Hoje ele fala inglês e tem planos de encontrar emprego no próximo ano. Eu me senti compreendida conversando com eles e mais aliviada pois percebi que talvez daqui há um ano eu esteja que nem ele, já falando finlandês e procurando um emprego. Assim eu espero...
Foi uma noite ótima, demos muitas risadas com as histórias de adaptação de Marina e Eduardo, dos inúmeros convites negados para irem a sauna, dos vestiários finlandeses, onde todo mundo fica peladão do seu lado (tanto no vestiário masculino quanto no feminino), comparamos as nossas vidas no Brasil com aqui, falamos do modo de ser dos finlandeses e muitos outros assuntos. Foi muito divertido. Nessa noite pude conhecer e me aproximar ainda mais de Sanna e Teea. São pessoas tranquilas e muito boas.


O encontro na casa de Sanna


Eu e Lu na casa de Sanna


Lu, Sanna e eu


Eduardo, Marina, Lu e eu


Lu, Teea e eu


Só um detalhe essas fotos acima foram tiradas da máquina de Marina, ficaram ótimas! Valeu Marina!

Comemos os pastéis doces de Sanna. Estavam muito saborosos, vou pedir a receita para ela. Minha torta fez sucesso, não sei se o sucesso foi verdadeiro, sei que tem uma pontinha de educação, mas estava boa. Tomamos gögli, uma bebida quente servida nesse período de inverno, muito bom! Vou pegar a receita do gögli de novo com Sanna para fazer quando Salete estiver aqui.


Pastéis doces (à esquerda), torta de espinafre (à direita)
e as canecas com gögli



Na saída Sanna deu um presente de Natal para a gente e para Marina e Eduardo, uma casinha de biscoitos que é montada com açúcar derretido, vamos ver se a gente consegue montá-la até o Natal. Agradecemos pela noite maravilhosa e nos despedimos dela. Saímos da casa de Sanna às 22h, no caminho nos despedimos de Marina e Eduardo e fomos conversando com Teea até chegar na estação de trem, onde ela ficou para voltar para casa. Eu e Lu pegamos o nosso ônibus e chegamos em casa com a alma tranquila.
Talvez ainda nessa semana, antes de sexta-feira, a gente se encontre de novo para patinar no centro, vamos tomar muitas quedas, mas vai ser divertido!

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Kerol, li sua mensagem no meu blog! Valeu pela força. :-) De fato está sendo difícil pegar essas disciplinas sem ter aquelas manhas de sábado pra estudar com vc, hehehehe! Mas eu to me virando.

De fato estou tirando algumas músicas no violão. Já que vc pediu vou considerar tirar agora todas as músicas da Adriana Calcanhoto, por ordem de baixo astralidade. Aí quando eu encontrar com vcs a gente combina de tocar todas e chorar copiosamente de forma exagerada e desesperada, hauehauehaueahe.

E esse gögli todo? Fale mais aĩ da bebida. Bate onda? Quanto ao filme eu de fato estava com vontade de ver Adrenalina. Devo assistir qualquer dia desses. Aproveitem a lista de filmes que deixei no meu blog. São boas indicações, num tem erro! Hehehehe!